Região
Figueira da Foz reforça apoio social com contrato de 13 camas

Imagem: Município Figueira da Foz
Realizou-se esta quinta-feira, dia 27 de março, ao final da manhã, nas instalações da ATTHIS Senior Care (ASC), Estrutura Residencial para Idosos (ERPI), a cerimónia de assinatura de um contrato, tendo em vista a contratação, por parte do Município, de 13 camas no âmbito do Programa “Figueira Cuida Melhor” que visa a criação de uma Unidade de Cuidados Diferenciados.
Um investimento financeiro de 554.453,25€, com duração de 12 meses, que tem como objetivo colmatar a inexistência de vagas no concelho da Figueira da Foz em respostas de internamento no âmbito da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados e/ou da Rede Nacional de Cuidados Paliativos, bem como para Descanso do Cuidador.
De acordo com a Chefe de Divisão de Ação Social e Saúde, Sandra Lopes, que realizou uma breve apresentação do Programa, o município “assume como área estratégica de intervenção a criação de programas municipais que assegurem respostas de qualidade na área dos cuidados continuados de saúde”.
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João Ramalho Fernandes, proprietário da ASC, definiu-a como um “projeto de qualidade, exigente”, criado por “um velho para velhos”. O mesmo referiu-se ao Programa Figueira Cuida Melhor como um “programa particularmente inovador e ambicioso, que “reflete preocupação do executivo municipal com as pessoas mais frágeis.”
“Haja coragem para encontrar soluções novas”, que proporcionem melhoria à população e “respostas eficazes”, sublinhou.
Já Olga Brás, vereadora da Ação Social e Saúde, salientou que: “o Município da Figueira da Foz assume com determinação um compromisso inadiável (…) suprindo lacunas onde o Estado central se revelou incapaz de dar resposta.”
O programa “Figueira Cuida Melhor”, segundo a autarca, “destina-se a residentes no concelho com 66 ou mais anos de idade, em situação de dependência funcional transitória ou prolongada, com incapacidade grave ou doença crónica, que tenham sido referenciados para unidades de média duração e reabilitação ou para o descanso do cuidador, ou que, não preenchendo esses critérios, necessitem de cuidados de saúde e apoio social impossíveis de garantir no domicílio e aguardem vaga em Estrutura Residencial para Idosos (ERPI).”
Os valores a serem pagos pelos utentes do Programa terão em conta o rendimento mensal per capita. Haverá isenção total para os candidatos com um Rendimento Mensal Per Capita inferior a 2 IAS (cerca de 1.050 euros). A redução varia entre os 90 por centro e os 10 por cento de acordo com o Rendimento Mensal Per Capita e o valor do IAS. Não será atribuída qualquer redução aos candidatos que tenham um rendimento mensal Per Capita igual ou superior a 11 IAS.
Trata-se, para Olga Brás, de uma “iniciativa que transcende a mera resposta assistencial e que se afirma como um modelo inovador de Estado Social Local, projetando a Figueira da Foz como um exemplo nacional, ibérico e europeu no cuidado aos cidadãos seniores em situação de vulnerabilidade”,
“Onde o Estado central falhou, o Município fez valer a sua visão estratégica, demonstrando que a verdadeira política não se faz apenas de discursos (…).”, frisou Olga Brás.
“Liderado por uma visão humanista e progressista”, Olga Brás referiu que o Município da Figueira da Foz se assume “como o verdadeiro agente da mudança, provando que a política local pode ser o espaço onde se concretiza o ideal de um país mais justo e solidário.”
A vereadora advogou que o concelho “não se limitou a esperar, fez acontecer”, sendo para si “esse o verdadeiro significado de governar. “.
“O Presidente do Município da Figueira da Foz não se limitou a lamentar as falhas da administração central”, referiu Olga Brás, para quem Pedro Santana Lopes “transformou a adversidade em uma oportunidade, posicionando a Figueira da Foz como um farol de inovação social” e a “sua liderança não apenas responde às necessidades do presente, mas antecipa os desafios do futuro, projetando um novo paradigma de gestão autárquica: um município que não apenas administra, mas que cuida, que não apenas gere recursos, mas que investe na dignidade humana.”
Já o presidente da Câmara Municipal, que fez uma reflexão sobre a forma como a sociedade “não olha” para estas áreas, de como “os adultos se esquecem como é o percurso da vida humana”, e que ao olhar para a melhoria das condições de vida dos está a olhar para si mesma.
“É nesta área que temos de empenhar muitíssimo do nosso esforço”, advogou Pedro Santana Lopes, que frisou que, muitas vezes, o Estado olha para as entidades sociais e privadas que assumem as funções que são suas, como “arrogância e sobranceria”.
A finalizar a sua intervenção o autarca lembrou que “Inovação, investigação são palavras com lugar supra-cimeiro” na Figueira da Foz, concelho que que não “pode ficar a olhar para a sua beleza natural”. “Temos de ir fazendo as obras que nos fazem falta”, referiu.
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