Região

Figueira da Foz: Governo garante a agricultores reparação de comportas no Baixo Mondego

Notícias de Coimbra com Lusa | 1 ano atrás em 14-08-2023

 O Governo disse à Associação Distrital de Agricultores de Coimbra (ADACO) que vai candidatar a fundos comunitários o projeto de reposição das comportas no vale do rio Pranto, na Figueira da Foz, quatro anos depois de terem colapsado.

“Em reunião com a Associação Distrital dos Agricultores de Coimbra (ADACO) e com a Junta de Freguesia do Alqueidão, o secretário de Estado do Ambiente, Hugo Pires, comprometeu-se a avançar com a candidatura para a realização das obras de reconstrução das comportas da Maria da Mata”, afirmam, num comunicado conjunto, a ADACO e aquela Junta de Freguesia do concelho da Figueira da Foz (distrito de Coimbra).

Em causa estão as comportas conhecidas como Maria da Mata, na freguesia de Alqueidão, na margem esquerda do rio Mondego, em pleno Baixo Mondego, que colapsaram em 2019.

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O projeto já aprovado, cuja execução está orçada em cerca de um milhão de euros, para impedir que a água salgada afete a produção de arroz, aguarda pelo lançamento dos avisos de candidaturas a serem abertos pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), em outubro/novembro deste ano.

Após ser avaliada e aprovada pela CCDRC, a intervenção vai demorar cerca de nove meses, de acordo com a informação dos responsáveis da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) presentes na reunião.

As obras são “urgentes e inadiáveis”, dado que, quando está maré alta e como a cota do afluente é mais baixa, “as águas salgadas entram no rio Pranto e afetam os campos de arroz”, afirmam.

Para evitar essa situação, há várias décadas foram construídas as “comportas da Maria da Mata e do Alvo, perto da estação de bombagem, no Alqueidão, que impediam a entrada das águas salgadas em caso de maré alta”, mas as comportas da Maria da Mata, deixaram de funcionar há quase quatro anos.

Já as comportas do Alvo, embora funcionem, estão deterioradas e deixam passar uma grande quantidade de água salgada.

Esta situação faz com que as “águas salgadas se infiltrem nos campos, com o arroz na floração queimado pelo sal, com os produtores a perderam 25% e mais da sua produção anual, além dos atrasos que muitas vezes provoca na realização das culturas”, lembram.

Os agricultores queriam que as comportas estivessem repostas “antes da sementeira de 2024”, mas não será possível devido à demora da empreitada.

Deste modo, os agricultores do Vale do Pranto esperam que as obras estejam concluídas antes de março/abril de 2025, altura em que se iniciam as sementeiras.

“Não queremos mais promessas adiadas, a exemplo das promessas das obras de emparcelamento, que estão previstas há longos anos e que nunca mais se concretizam”, concluem.

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