Região
Figueira da Foz disponível para acolher refugiados
O município da Figueira da Foz está disponível para acolher refugiados ucranianos e está a estudar espaços de acolhimento em todo o território do concelho, disse hoje o presidente da Câmara, Pedro Santana Lopes.
Aos jornalistas, no final da sessão de Câmara de hoje, o autarca disse que, neste momento, não coloca limite no número de pessoas a acolher que fogem da invasão da Rússia à Ucrânia.
“Não vamos dizer que acolhemos 100 ou mil, vamos ver”, disse o presidente da autarquia, salientando que o país todo precisa, “além da solidariedade, de mais população ativa”, e que a comunidade ucraniana “tem sido notável desde que começou a chegar a Portugal”.
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Salientando que se trata de “pessoas com um espírito de humilde fantástico, com muitas qualificações”, Santana Lopes sublinhou que o concelho da Figueira da Foz necessita de mais população e que há falta de mão de obra.
“Agora ainda não sabemos se vêm para ficar ou se vêm por pouco tempo. Oxalá seja por pouco tempo, por um lado, mas por nós se forem bons e se integrarem bem que venham por muito tempo”,
O autarca disse que o município vai fazer tudo para “ajudar essas pessoas e se elas disserem que querem ficar, vai-se fazer tudo para que fiquem”.
Ressalvou, no entanto, que não pretende transformar “uma oportunidade triste numa boa oportunidade”.
Durante a reunião, em que foi votado por unanimidade um voto de solidariedade para com o povo da Ucrânia, Santana Lopes disse que a Câmara está a estudar locais para acolher os refugiados que venham para o concelho, embora numa primeira fase tenham de ficar instalados em unidades de alojamento.
A autarquia está também a recolher roupas, bens materiais, alimentação e medicação, e a analisar, em articulação com a embaixada ucraniana, qual o sistema de transporte mais eficaz “para não se partir, não diria à aventura, mas cada um por si”.
“A recolha está a correr razoavelmente bem”, sublinhou.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e mais de 660 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a “operação militar especial” na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.
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