Coimbra
Figueira da Foz deixa Viana do Castelo e vai para Lisboa
O segundo navio ‘patrulha’ Figueira da Foz construído pelos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) deixa as docas daquela empresa a 16 de dezembro, partindo para Lisboa, disse hoje à Lusa fonte da Marinha portuguesa.
O navio foi entregue pela empresa pública à Marinha a 25 de novembro, passando a integrar o efetivo daquele ramo das Forças Armadas, devendo chegar à Base Naval de Lisboa, no Alfeite, a 19 de dezembro, indicou a mesma fonte.
O NRP (Navio da República Portuguesa) Figueira da Foz é o segundo Navio de Patrulha Oceânica (NPO) da classe “Viana do Castelo” construído naqueles estaleiros, contando desde maio com a respetiva guarnição.
Só nos próximos dias é que será conhecida a primeira missão de patrulhamento, em águas nacionais, do novo navio, que custou mais de 50 milhões de euros.
O navio é comandado pelo capitão-tenente Ricardo Manuel Correia Guerreiro e iniciou a 31 de julho passado as provas de mar, entretanto concluídas com sucesso, tendo sido agora aumentado ao efetivo da Marinha portuguesa.
À semelhança do NRP Viana do Castelo – o primeiro da classe, entregue em abril de 2011 -, a guarnição deste segundo ‘patrulha’ é composta ainda por quatro oficiais subalternos, oito sargentos e 25 praças.
Este primeiro par custou mais de 100 milhões de euros e foi lançado à água em outubro de 2005, na doca da empresa.
No caso do NRP Figueira da Foz – que face ao anunciado encerramento dos estaleiros será o último navio construído pela atual empresa -, a sua construção chegou a estar parada durante mais de um ano, até final de 2012, face às dificuldades financeiras da empresa e ao processo, que estava em curso, de reprivatização dos ENVC.
O navio integrava uma encomenda inicial de oito NPO feita em 2004 pelo Ministério da Defesa – na altura liderado por Paulo Portas – aos ENVC, para substituir a frota de corvetas, com 40 anos de serviço.
A construção dos restantes seria revogada já pelo atual Governo, através de uma resolução que em 2012 anulou a encomenda aos estaleiros de Viana dos outros seis NPO e das cinco Lanchas de Fiscalização Costeira, negócio avaliado em 400 milhões de euros.
Com desenho próprio dos estaleiros, estes navios têm 83 metros de comprimento, capacidade para receber até 67 pessoas e podem transportar um helicóptero Lynx.
Concebidos como navios militares não combatentes, podem ser utilizados para fiscalização, proteção e controlo das atividades económicas, científicas e culturais ligadas ao mar.
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