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Figueira Champions Classic: Rui Costa recuperou a liberdade com a mudança para Intermarché-Circus-Wanty

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 12-02-2023

Rui Costa ‘reencontrou-se’ com o seu velho eu graças à mudança para a Intermarché-Circus-Wanty, a equipa que, segundo o ciclista português, lhe devolveu a liberdade perdida e a inspiração por lutar por vitórias.

“Acho que foi fundamental para mim a mudança de equipa. É uma equipa que me volta a dar a oportunidade de poder lutar, por etapas, por classificações, e isso para mim acaba por ser motivante. Então, acho que esse é um dos segredos deste sucesso no início da temporada”, resume, em entrevista à agência Lusa.

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O poveiro, de 36 anos, refere-se aos seus êxitos recentes, os triunfos na geral (e na última etapa) da Volta à Comunidade Valenciana, há precisamente uma semana, e no Trofeo Calvià, na sua estreia com as cores da Intermarché-Circus-Wanty, no final de janeiro, que puseram um ponto final num interregno de dois anos e meio sem vitórias e ‘devolveram’ ao pelotão a melhor versão do campeão mundial de fundo de 2013.

“O importante é que estou de volta às vitórias e, sem dúvida, é sempre muito gratificante para mim poder continuar a levantar os braços, depois de 36 anos de vida e 15 anos de carreira”, confessa.

É um Rui Costa visivelmente feliz aquele que fala com a Lusa na Figueira da Foz, onde hoje disputa a edição inaugural da Figueira Champions Classic (ou, simplesmente, Clássica da Figueira), e que detalha as diferenças entre a formação belga e a aquela que foi a sua equipa nas seis temporadas anteriores, a UAE Emirates.

“Esta equipa aqui tem mais liberdade, corre sem pressão. Quando corre, corre para ganhar, mas, lá está, ao não ter pressão, as coisas acabam por sair melhor. Para mim, foi fundamental esta troca de equipa, visto que é uma equipa que me volta a dar liberdade”, precisa, notando que “fisicamente” não perdeu qualidades e está apenas a “aproveitar a oportunidade” dada pela Intermarché-Circus-Wanty para “poder voltar a ser o que era há uns anos”.

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O corredor português reconhece que, na UAE Emirates, não teve “muitas oportunidades nos últimos anos”, embora acredite que correspondeu “da melhor maneira” àquelas que teve, nomeadamente no ano passado na Volta à Arábia Saudita ou a Omã – foi terceiro na geral de ambas.

“O resto [da época] era dar apoio aos líderes da equipa. […] Na UAE, são muitos líderes, são todos eles muito bons, pelo que enfrentamos todas as corridas a querer ganhar. Então isso faz com que fosse uma equipa que desde o quilómetro zero tivesse de estar na frente do grupo, a controlar as fugas, a controlar o grupo. […] Isso é óbvio que se reflete na parte final da corrida, onde muitas vezes não me encontrava [bem]”, reflete.

Costa admite que ter “um papel diferente” na Intermarché-Circus-Wanty, onde pode correr “mais à vontade”, “volta” a dar-lhe “inspiração” e também “outra alegria”. “Isso aí traz-me motivação para poder disputar todas as competições onde entro”, completa.

A confiança depositada em si pelos responsáveis da equipa belga já teve efeitos práticos, mas o português não quer parar por aqui.

“A partir de agora, as coisas também mudam um bocadinho”, concede, não refutando que as recentes vitórias podem trazer mais pressão para aquilo que resta da temporada. “Saber que podes ganhar também te cria, não vou dizer uma pressão, mas uma ansiedade. ‘Ok, posso lutar’. Isso é bom, mas também é preciso saber lidar com essa pressão”, conclui.

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