Parece saído de um filme de ficção científica, mas é já uma realidade: uma equipa de engenheiros espanhóis desenvolveu o primeiro sistema de hologramas 3D que pode ser fisicamente manipulado com as mãos, sem danificar o dispositivo nem comprometer a imagem.
A inovação, liderada por Asier Marzo da Universidade Pública de Navarra, foi recentemente divulgada num estudo publicado na plataforma científica HAL Open Science. Com o nome FlexiVol, o sistema usa materiais elásticos para tornar possível aquilo que até agora parecia exclusivo dos ecrãs de cinema – como o caso de Tony Stark a interagir com projeções no ar em Homem de Ferro 2.
“Queríamos que as pessoas pudessem usar os mesmos gestos que já conhecem dos seus telemóveis – tocar, arrastar, rodar – mas aplicados a objetos virtuais em 3D”, explicou Marzo. O resultado? Um ecrã volumétrico que permite agarrar, mover ou redimensionar gráficos tridimensionais no ar, como se fossem reais.
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O grande desafio para a equipa foi encontrar uma alternativa ao tradicional difusor rígido dos hologramas, que, por se moverem a grande velocidade, são perigosos ao toque e extremamente sensíveis. A solução passou pela criação de tiras elásticas difusoras que podem ser tocadas com segurança, sem comprometer o desempenho do sistema.
Para lidar com as deformações naturais do material elástico ao toque, os investigadores também desenvolveram um sistema de correção da imagem projetada, garantindo que o holograma mantém a sua forma e posição mesmo enquanto está a ser manipulado.
Ainda em fase inicial, esta tecnologia abre portas a inúmeras aplicações no futuro próximo. Desde aulas de ciências em que os alunos podem montar peças de motores, a experiências interativas em museus onde os visitantes podem “tocar” em objetos do passado, as possibilidades são vastas.
Mais do que um truque visual, os hologramas interativos poderão revolucionar a forma como trabalhamos, aprendemos e nos entretemos – trazendo o futuro para as pontas dos nossos dedos.
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