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Festival das Artes QuebraJazz com propostas para as duas margens do rio em Coimbra
O Festival das Artes Quebrajazz, que decorre entre julho e agosto, regressa este ano com vários concertos, uma exposição e poesia, num evento que, sob o signo dos “Mitos”, se realiza entre as duas margens do Mondego, em Coimbra.
O evento, que junta dois festivais que se realizavam em separado (Festival das Artes e QuebraJazz), vai dividir-se entre o anfiteatro Colina de Camões, na Quinta das Lágrimas, na margem esquerda do Mondego, e a escadaria Quebra Costas, na outra margem, onde normalmente decorria o QuebraJazz, mas que sofreu um interregno de dois anos devido à pandemia, anunciou hoje a organização, em conferência de imprensa.
Para além desses dois lugares centrais do evento, haverá ainda cinema nas Escadas de São Tiago, na Baixa, uma exposição de arte contemporânea no Edifício Chiado, em torno da coleção da Fundação PLMJ, e a apresentação do novo disco do trio de Mário Laginha, “Jangada”, no Castelo de Montemor-o-Velho, num programa que arranca a 17 de julho e termina a 27 de agosto.
Das propostas para a presente edição, Cristina Castel-Branco, a presidente da Fundação Inês de Castro, uma das entidades organizadoras, realçou a estreia absoluta do espetáculo “A Mitologia em Pessoa – A Mensagem”, em que a atriz Catarina Wallenstein irá declamar uma das maiores obras daquele poeta português, acompanhada pelo “dedilhar do fado dos irmãos conimbricenses João e Ricardo Silva”.
“Vai ser um entremeado entre música e a declamação d’”A Mensagem”, de Fernando Pessoa, e espero que seja inesquecível”, realçou a responsável.
Já Miguel Lima, do QuebraJazz e que assume este ano a direção do festival, destacou a homenagem ao álbum “Amazing Grace”, da cantora norte-americana Aretha Franklin, pelos americanos Black Heritage Choir, a 18 de julho, na Quinta das Lágrimas, assumindo-se como o concerto inaugural do anfiteatro Colina de Camões.
Por aquele espaço, vão também passar “três monstros da música flamenca” – Carles Benavent, Tino Di Geraldo e Jorge Prado – que “tocaram com Paco de Lucía”, para um concerto de jazz flamenco (19 de julho), o sexteto Nelson Cascais, que apresenta “Remembrance Poetry of Emily Bronte” (26), “uma obra-prima do jazz português”, e Kiko Pereira & BigBand Estarejazz (27), que encerra o ciclo de concertos na Quinta das Lágrimas, referiu.
Por lá irão também passar jovens solistas da Accademia Teatro Alla Scala, de Milão, a Orquestra Filarmónica Portuguesa, a Orquestra Gulbenkian e a Orquestra Clássica do Centro.
Posteriormente, a partir de 29 de julho e até 27 de agosto, todas as sextas-feiras e sábados, haverá concertos de jazz na escadaria do Quebra Costas, na Alta de Coimbra.
No festival, há ainda propostas na área da gastronomia e de teatro infantil a pensar nos mais novos, disse a organização.
“Repor o festival nas condições normais vai ser um gosto enorme”, destacou Cristina Castel-Branco, realçando uma programação que tanto apresenta nomes consagrados como “estrelas em ascensão”.
Sobre a junção dos dois festivais, a responsável considerou que os dois eventos ganharam “uma grande economia de escala”.
“Dividir não é grande ideia. É melhor associar”, vincou.
Já Miguel Lima salientou que espera que o festival possa, no futuro, voltar a sair para fora de Coimbra, como faz este ano no concerto de Mário Laginha.
“Este ano é a primeira vez que saímos dos locais onde os festivais se realizam. É o primeiro passo e esperamos agora a adesão das entidades, para que o festival se possa espalhar por mais locais com grande beleza paisagística e patrimonial”, sublinhou.
A programação completa pode ser consulta aqui: https://quebrajazz.pt/.
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