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Festival das Artes: Festa na Quinta… Festa na Sexta…Festa no Sábado…Festa!

Notícias de Coimbra | 9 anos atrás em 15-07-2015

O Festival das Artes, uma organização da Fundação Inês de Castro, de José Miguel Júdice, promove uma cerimónia de inauguração no Edifício Chiado, na quinta-feira, 16 de junho.

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Festival das Artes , que vai na  7ª edição, apresenta, ao longo de 13 dias, a música, as artes plásticas, o cinema, conferências e e programas dedicados às crianças, eventos que prometem dinamizar a cidade e fazer da “Festa”, o tema escolhido para este ano.

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José Miguel Júdice, presidente da direcção do Festival, afirma que a escolha do tema deste ano surge para contrariar o clima de sofrimento e pessimismo que se vive no contexto português, desde que a crise económica se abateu sobre o país. “A Arte não é uma panaceia nem faz milagres. Mas pode ajudar a que nos sintamos melhores, mais alegres e mais optimistas sobre o futuro.”

O festival arranca na quinta, 16 de Julho, às 17.30, com a inauguração da exposição “A minha Universidade faz 725 Anos”. Produzida em parceria pela Fundação Inês de Castro, a Universidade de Coimbra e a Câmara Municipal de Coimbra, nesta exposição serão expostas 32 fotografias de grande formato que resultam de um concurso em que se apelou à comunidade da Universidade de Coimbra (estudantes, antigos estudantes, colaboradores e docentes) que se fizesse fotografar num dos edifícios.

Após a inauguração, o grupo de percussão Tocá Rufar apresenta a “Festa dos Bombos”, música em movimento que vai levar todos os presentes até à Quinta das Lágrimas, onde será realizada a cerimónia de abertura oficial do Festival das Artes 2015.

Para além da exposição inaugural do Festival das Artes, o ciclo de artes plásticas completa-se com as exposições “Vieira da Silva na Capela do Tesoureiro – MNMC” e “Escrita íntima, cartas e desenhos – Arpad Szenes e Vieira da Silva”, produzidas em parceria pela Fundação Inês de Castro, Fundação Arpad Szenes – Vieira da Silva e Museu Nacional Machado de Castro,  que inauguram na sexta-feira, 17 de Julho, às 19h, no  Museu Nacional Machado de Castro.

A Festa estará presente em todos os ciclos do festival, nomeadamente no Ciclo de Música que, entre os vários géneros musicais abordados – entre o fado, o jazz, a música clássica e o barroco – abre, no dia 19 de Julho, no Anfiteatro Colina de Camões, com uma verdadeira “Festa Sinfónica”, que inclui a ”Abertura Festiva”, estreia absoluta da encomenda feita ao compositor conimbricense Sérgio Azevedo, figura de relevo no panorama da música contemporânea portuguesa, pela Orquestra Metropolitana de Lisboa.

Vão ter lugar no âmbito deste ciclo vários concertos que exploram o “esplendor” da música! A vencedora do prestigiado concurso internacional de piano Vianna da Motta de 2010, a armena Lilian Akopova, vai estar presente no Festival para um recital de piano, “Esplendor do Piano”, no dia 21 de Julho, no Anfiteatro Colina de Camões. Já no dia 26, três obras emblemáticas de dois dos maiores expoentes do barroco tardio, J. S. Bach e G. F. Handel, serão interpretadas pelos Músicos do Tejo, no concerto intitulado “Esplendor do Barroco”. Destaque ainda para o empolgante regresso do Estágio Gulbenkian para Orquestra, com o “Esplendor Sinfónico”, com jovens a tocar a 5ª Sinfonia de Mahler, uma obra magistral que faz um percurso da sombra até à luz, com um triunfante final e que conta com Joana Carneiro como maestrina, no dia 27 de Julho.

O célebre pianista e compositor português Mário Laginha e a jovem actriz Catarina Wallenstein, marcam presença com “Música e Palavras”, para festejar o Festival das Artes através de um recital inédito, no dia 24 de Julho. Por fim haverá ainda uma “Festa do Fado” com uma anfitriã especial, Gisela João, um jovem talento e já considerado um dos nomes incontornáveis do fado em Portugal, em concerto no dia 25 de Julho.

Para encerrar o Festival, no dia 28 de Julho, às 21h30, a Companhia de Dança Clara Andermatt, apresenta o espectáculo ”Fica no Singelo”, uma co-produção da Culturgest, Teatro Nacional São João, Teatro Viriato e Centro Cultural Vila Flor que surge de um intenso trabalho de pesquisa sobre as técnicas, os materiais e as funções associadas aos bailes populares e ao folclore. “Fica no Singelo” termina com um convite para todos se juntarem à grande festa final do Fesival das Artes 2015: o Baile de Encerramento!

No Hotel Quinta das Lágrimas terá ainda lugar o ciclo de conferências –  ”Festa Brava”, que conta com José Henriques como orador, no dia 21 de Julho, “Futebol em Festa” com Carlos Daniel, José Belo e Luís Freitas Lobo, no dia 22, e a conferência “Festa e Política”, conduzida por Marcelo Rebelo de Sousa, no dia 24 – e a Festa Gourmet, no dia 20, o jantar onde poderão experimentar as iguarias dos Chefs Fernando Agrazar del Rio, Jordí Nectari e Albano Lourenço.

O cinema é também uma forte aposta no festival, com um ciclo comissariado por Pedro Mexia, e com a colaboração do Fila K Cineclube, que inclui os filmes ”Gente de Dublin”, de John Huston e “O Anjo Exterminador”, de Luis Buñuel. Os filmes são exibidos no Mosteiro de Santa Clara-a-Velha nos dias 16 e 17 de Julho, respectivamente.

O Festival das Artes oferece ainda uma vasta programação para o público mais novo. Nos jardins da Quinta das Lágrimas há teatro para infância, concertos, acções sobre prevenção rodoviária e até workshops de gastronomia para pais e filhos.

Festival das Artes é uma iniciativa da Fundação Inês de Castro. Em 2015, na sua 7ª edição, o Festival das Artes foi escolhido pela Comissão Europeia para integrar a rede Europe for Festivals Festivals for Europe, que promove a visibilidade e o intercâmbio de experiências entre festivais de arte de toda a Europa.

PROGRAMA DOS DOIS PRIMEIROS DIAS

16 de Julho, 5.ª feira

17:30 – Ciclo das Artes Plásticas: Inauguração da exposição A minha Universidade tem 725 Anos”, no Edifício Chiado

Começa esta quinta-feira, dia 16 de Julho, a 7ª edição do Festival das Artes, que se realiza em vários espaços da cidade de Coimbra. Às 17h30 inaugura no Espaço Chiado a exposição “A minha Universidade tem 725 Anos”, uma parceria entre a Fundação Inês de Castro, a Universidade de Coimbra e a Câmara Municipal de Coimbra.

A Universidade de Coimbra celebra, em 2015, 725 anos da fundação da Universidade em Portugal e está, por isso, também em Festa, alinhada com o tema doFestival das Artes. Uma instituição com mais de sete séculos só resiste se se souber reinventar. Esta exposição é por consequência um novo olhar sobre a história da Universidade, narrativa essa naturalmente conduzida pela inscrição na Lista do Património Mundial em 2013.

Os edifícios classificados pela UNESCO contam a história das pedras mas ela só se torna viva e actuante através das pessoas que habitam esses espaços. Assim, e dando a conhecer os 32 edifícios pelos quais passou uma parte da vida da Universidade de Coimbra, propõe-se uma exposição com 32 fotografias de grande formato que resultem de um concurso em que se apela à comunidade da Universidade de Coimbra (estudantes, antigos estudantes, colaboradores e docentes) que se façam fotografar num dos edifícios (permitindo que se identifique o mesmo) ostentando a mensagem “#AminhaUCtem725anos”.

“A minha Universidade tem 725 Anos”  é uma exposição de entrada livre para ver até 6 de setembro e conta com o patrocínio do BPI.

18:30 – Ciclo da Música: A “Festa dos Bombos” faz-se com o grupo de percussão Tocá Rufar

19:00: Cerimónia de Abertura da 7ª edição do Festival das Artes

O grupo de percussão Tocá Rufar protagoniza a Festa dos Bombos, que tem início às 18h30 no Edifício Chiado. A pé, artistas e público fazem um percurso até à Quinta das Lágrimas, onde será a cerimónia oficial de abertura do Festival, às 19h

Fundado em 1996, o TOCÁ RUFAR constitui hoje uma referência incontornável na criação e formação artísticas no âmbito da percussão tradicional portuguesa e enquanto projecto de intervenção comunitária e sócio-educativa. Assumindo como missão e desígnio identitário a promoção e valorização da cultura portuguesa e, em particular, das diferentes expressões da percussão tradicional, o TOCÁ RUFAR tem uma intervenção sócio-cultural indissociável dos valoresda cidadania, da inclusão e coesão social e da participação cívica dos cidadãos. Em especial, os diferentes projectos do TOCÁ RUFAR visam promover a formação integral de crianças, jovens e adultos e o seu desenvolvimento pessoal e social, através de modelos alternativos de educação não formal e informal e de práticas artísticas inovadoras e de excelência, envolvendo as comunidades num processo partilhado e descentralizado de intervenção sócio-cultural.

21:30 – Ciclo do Cinema: exibição do filme “The Dead” (“Gente de Dublin”, 1987), de John Houston

No primeiro dia desta 7ª edição do Festival das Artes, começa também o Ciclo de Cinema, comissariado por Pedro Mexia. Às 21h30, no Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, é assim exibido “Gente de Dublin”, um filme de 1987 realizado por John Houston, uma adaptação do livro homónimo de James Joyce

Este é o último filme do realizador, cuja história se centra no académico Gabriel Conroy e na sua mulher Gretta Conroy, que lhe conta as memórias de um falecido amante.

Este ciclo tem a colaboração do Fila K Cineclube e os bilhetes têm um custo de 1€.

17 de Julho, 6.ª feira

11h00 – Serviço Educativo: “O Mercador de Festinhas”, pela Camaleão

No segundo dia do Festival das Artes, o Jardim da Quinta das Lágrimas torna-se palco para o teatro para a infância.

A peça “O Mercador de Festinhas”, pela companhia Camaleão é apresentada às crianças de Coimbra, às 11h do dia 17 de Julho. O espectáculo conta a história de um Mercador de Festinhas que, triste com o mundo e cansado da indiferença, vem visitar-nos, com o seu acordeão e uma velha mala, e connosco tentar mudar a vida das pessoas.

Os bilhetes têm um custo de 1€.

Este espectáculo, que tem o patrocínio da Fundação Luso, é novamente exibido no dia 24 de Julho.

18h00 – Serviço Educativo: “Coimbra é uma Festa”, residência de leitura

Nos jardins da Quinta das Lágrimas, A Alma Azul convoca para a sua Residência de Leitura as páginas magníficas de Ruben A.

Ruben A. frequenta a Universidade de Coimbra entre 1942 e 1945. Na sua autobiografia “O Mundo à Minha Procura II” escreve, com o seu estilo único e  inconfundível, extraordinárias páginas sobre a cidade de Coimbra, a Universidade, Miguel Torga e a Europa em guerra. Nestas, a criação da República BABAOU – inspirada no surrealismo –, no Largo de Santana, a vida académica cheia de acontecimentos marcantes e as paixões que sacodem o jovem Ruben A. transformam Coimbra numa cidade em Festa.

Esta residência de leitura é orientada por Elsa Ligeiro e realiza-se no dia 17 de Julho, às 18h.

Esta actividade tem o custo de 1€.

19h00 – Ciclo das Artes Plásticas: Inauguração das exposições  “Vieira da Silva na Capela do Tesoureiro – MNMC” e Escrita íntima, cartas e desenhos – Arpad Szenes e Vieira da Silva” no Museu Machado de Castro

No  Museu Machado de Castro inauguram às 19h “Vieira da Silva na Capela do Tesoureiro – MNMC” e “Escrita íntima, cartas e desenhos – Arpad Szenes e Vieira da Silva” duas exposições produzidas em parceria pela Fundação Inês de Castro, Fundação Arpad Szenes – Vieira da Silva e Museu Nacional Machado de Castro.

A exposição “Escrita íntima, cartas e desenhos – Arpad Szenes e Vieira da Silva”, que está patente até ao dia 17 de setembro, reúne uma selecção de obras de ambos os artistas, nomeadamente obras de pouco conhecidas e maioritariamente sobre o papel e de pequenas dimensões que pertencem à Fundação e que são testemunhos da relação íntima deste casal. Muitos destes trabalhos eram cartas de amor gráficas, registos de afectos, que não tinham como objectivo o espaço público.

“Os três núcleos temáticos que orientam a exposição seguem a estrutura organizativa do volume de correspondência com o mesmo nome, editado em colaboração com a Imprensa Nacional-Casa da Moeda: os primeiros anos, com produção artística anterior e posterior ao matrimónio (1930) até ao exílio para o Brasil, em 1940; o período de sete anos em que o casal viveu no Rio de Janeiro; e, finalmente, o período do pós-guerra e regresso do casal à Europa.

Vieira da Silva era portuguesa e Arpad Szenes húngaro. As cartas que acompanham a exposição, escritas num francês, estrangeirado, revelam uma linguagem peculiar, com códigos e léxicos próprios. O processo de leitura, transcrição e edição da correspondência foi fundamental para a compreensão do quotidiano e decifração da esfera íntima dos artistas; da forma como essa intimidade absorveu o espírito do tempo. São documentos com um valor biográfico significativo que favorecem o conhecimento da personalidade de ambos e que ajudam à compreensão da produção artística, aqui apresentada.” (Marina Bairrão Ruivo, Directora do Museu Arpad Szenes-Vieira da Silva).

Com curadoria de Marina Bairrão Ruivo, directora do Museu Arpad Szenes – Vieira da Silva, a exposição inaugura no dia 17 de Julho, às 19h00, na sala de exposições temporárias do Museu Machado de Castro, e estará em Coimbra até dia 17 de Setembro. Simultaneamente, na Capela do Tesoureiro, estarão expostas quatro importantes pinturas de Vieira da Silva, de 17 a 27 de Julho.

Esta exposição conta com o patrocínio de Santander Totta.

21h30 – Ciclo do Cinema: El Ángel Exterminador” (“O Anjo Exterminador”, 1962) de Luis Buñuel no Mosteiro de Santa Clara-a-Velha

No dia 17, às 21h30, é exibido o filme “El Ángel Exterminador”  (“O Anjo Exterminador”), uma obra de 1962, do realizador espanhol Luís Buñuel, pai do surrealismo cinematográfico e um dos mais originais realizadores  da história do cinema.

Neste filme, personagens da sociedade aristocrata vêem-se presos, após o jantar, numa das salas da mansão. Não há nada físico que os impeça de sair, contudo há algo que os faz reféns de portas e grades imaginárias. Os dias passam e as barreiras imaginárias mantêm-se, mas as convenções sociais vão caindo e as máscaras desprendem-se de cada personagem, aflorando os mais primitivos instintos: desejos sexuais reprimidos, a fome, a sede e até mesmo a morte.

A projecção de “El Ángel Exterminador” é feita no Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, em Coimbra, e os bilhetes têm um custo de 1€. Este ciclo é comissariado por Pedro Mexia e tem a colaboração do Fila K Cineclube.

 

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