Câmaras

Ferreira da Silva escreve sobre o “tabu do dr. Manuel Machado”

Notícias de Coimbra | 11 anos atrás em 07-11-2013

José Augusto Ferreira da Silva, vereador eleito pelo Movimento Cidadãos Por Coimbra, manifesta-se contra Manuel Machado, o Presidente da Câmara de Coimbra que ainda não conseguiu delegar poderes:

O tabu do dr. Manuel Machado

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No discurso de vitória, na noite eleitoral, apesar de não ter maioria absoluta, o dr. Manuel Machado falou bem alto na exclusão da “cidade renovada” dos que criaram obstáculos à sua eleição. Veio, seguramente, à memória de todos os episódios de exclusões nas suas anteriores presidências.

Na tomada de posse, no dia 21 de outubro, o dr. Manuel Machado fez, porém, a mediática afirmação de que contava com todos os vereadores para exercerem em pleno as sua funções, numa abrangência algo surpreendente face ao que antes havia declarado.

E na primeira reunião de Câmara, no dia 28 de outubro, fez aprovar 7 vereadores a tempo inteiro, com os votos dos eleitos do PS. Decisão inédita que se recusou a fundamentar e a concretizar.

Acontece que, passadas quase três semanas, o Dr. Manuel Machado não atribuiu qualquer pelouro e não designou sequer o/a vice-presidente!!! O que deve ser caso único no país.

Ou seja, passou de proposta inédita quanto a vereadores a tempo inteiro, para a situação de governar sozinho a Câmara Municipal !!!!

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O que provoca, necessariamente, desorganização e paralização dos serviços, uma vez que não é crível que sozinho o dr. Manuel Machado seja capaz de atender e despachar tudo.

Mas não é só este o dano que causa. Causa, sobretudo, um dano irreparável na credibilidade das instituições municipais aos olhos dos munícipes, que não deixarão de ver nesta sua conduta, mais um tique politiqueiro, que tanto tem afastado os cidadãos da participação política.

O que é tanto mais grave, quanto não é possível ignorar que nas últimas eleições, no concelho de Coimbra, as abstenções, votos nulos e brancos ultrapassaram largamente os 50%.

O que deveria fazer refletir, profundamente, todos os eleitos e, em particular, o presidente da Câmara, sobre a forma de trazer para a participação cívica e política a esmagadora maioria dos cidadãos.

Não podemos, por isso, deixar de denunciar esta situação anómala e apelar aos cidadãos que exijam do presidente da Câmara Municipal uma definição clara e urgente de como e com quem quer governar o concelho.

Coimbra, 7.11.2013

José Augusto Ferreira da Silva

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