Liliana Mesquita vive há 16 anos no Parque Nómada, nos Campos do Bolão, em Coimbra, e queixa-se da falta de condições dignas de habitabilidade.
” A casa de banho está a cair aos pedaços, mas a cozinha também não está melhor”, sublinha a mulher que vive nesta casa há 13 anos.
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Mãe de seis filhos, quatro são menores e dois dos quais têm problemas respiratórios, diz que ao longo deste tempo apenas viu renovar alguns armários da cozinha, sublinhando que “as divisões que estão piores são a casa de banho e a cozinha, com a humidade a entranhar-se e o cheiro a esgoto a inundar o resto da habitação”.
“Os meus filhos têm medo de tomar banho devido ao buraco que existe na parede junto à banheira e que é frequente cair lã de vidro da estrutura”, salienta.
A mulher com 35 anos refere ainda que “há baratas pela casa toda”. “São uma praga!”, sublinhou.
Ao Notícias de Coimbra relata que “os problemas começaram a surgir já há muito tempo, primeiro foi a porta e a parede da cozinha e a Câmara Municipal remendou a situação, com uma barra de ferro”, esclarece.
Já apresentou queixa à autarquia, mas “disseram que não havia dinheiro para material e que não sabiam quando iriam começar as obras” e por isso pede a intervenção da autarquia. Esta moradora, que paga de renda 5 euros, diz mesmo que não é só a sua casa que está assim, há outras habitações que têm o mesmo problema.
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O Parque Nómada tem 12 casas de madeira construídas há mais de 20 anos para albergar famílias que viviam em barracas, e é visível a degradação da habitação que o NDC visitou na manhã desta quinta-feira, 23 de fevereiro.
Em resposta ao nosso jornal, a Câmara Municipal de Coimbra sublinha que “tem em permanência uma técnica de ação social no Centro de Estágio Habitacional (CEH): uma técnica para 10 agregados (o CEH tem 12 habitações – uma em reabilitação e outra que está a ser analisada pelos seguros, depois de lá ter ocorrido um incêndio)”.
Salientando que “todas as queixas dos moradores são reportadas e dentro das possibilidades dos trabalhadores da autarquia têm sido feitas as reparações solicitadas”.
Recordando que o Parque Nómada foi “pensado para que as famílias estivessem naquelas habitações durante o período máximo de quatro anos até adquirirem competências para estarem integrados na sociedade. No entanto, não se verificou, e alguns destes agregados estão há vários anos nas habitações”.
O Município frisa que “já disponibilizou habitações no parque de habitação social no Planalto do Ingote, mas estes agregados têm negado”, reforçando que “os serviços municipais têm realizado os procedimentos possíveis para tornar estas habitações dignas”.
Veja o vídeo do Direto NDC:
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