Saúde

Fake News: Plataformas ‘online’ criam ferramentas contra desinformação sobre vacinas

Notícias de Coimbra com Lusa | 4 anos atrás em 25-03-2021

Grandes plataformas digitais como Twitter, TikTok, Google e Microsoft reforçaram, nas últimas semanas, a remoção de desinformação sobre vacinas contra covid-19 na União Europeia (UE), criando novas ferramentas de alerta e de informação, anunciou hoje a Comissão Europeia.

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“As plataformas signatárias do Código de Conduta sobre Desinformação tomaram novas medidas contra a desinformação das vacinas covid-19, fornecendo aos utilizadores ferramentas de acesso a informações fiáveis sobre os seus serviços”, informa o executivo comunitário numa informação hoje divulgada.

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A afirmação tem por base o relatório mensal de março relativo ao programa de monitorização sobre os esforços destas tecnológicas contra as ‘fake news’ espalhadas na internet, que revela que o Twitter, por exemplo, atualizou os seus instrumentos de pesquisa sobre a covid-19 na UE para incluir informação autorizada sobre vacinas, criando também a ‘hashtag’ #Vaccinated em 24 línguas para os utilizadores mostrarem o seu apoio à vacinação.

Por seu lado, o TikTok lançou uma nova funcionalidade que coloca um ‘banner’ em vídeos alertando os utilizadores de que podem conter conteúdo não verificado e solicitando uma mensagem antes de partilharem o vídeo sinalizado.

Já o Google ativou uma funcionalidade de informação fiável sobre vacinas e estatísticas em resposta a pesquisas relacionadas que está agora ativa em todos os 27 países da UE, enquanto o YouTube (do mesmo dono) removeu 30 mil vídeos que incluíam alegações contraditórias entre as autoridades de saúde.

Acresce que o motor de pesquisa Bing da Microsoft implementou uma nova ferramenta mostrando o progresso da vacinação dos países, que já obteve mais de 2.300.000 visitas.

Dando conta destes dados que chegaram a Bruxelas através dos relatórios mensais de monitorização realizados pelas próprias tecnológicas, a Comissão Europeia adianta estar em “contacto contínuo com as plataformas para combater a grande quantidade de desinformação vacinal que continua a circular na internet e para melhorar o processo de monitorização”.

O executivo comunitário informa, ainda, que irá emitir orientações esta primavera com o objetivo de “reforçar o Código de Conduta e construir a ponte com as obrigações da futura Lei dos Serviços Digitais”, uma diretiva comunitária ainda em negociação que visa dar mais responsabilidades às plataformas.

Em causa está o programa de monitorização e eliminação das ‘fake news’ relacionadas com a pandemia de covid-19, que junta tecnológicas como Facebook, Google, Microsoft, Twitter e TikTok e que está agora mais focado na desinformação sobre as vacinas.

Este programa prevê relatórios mensais para assegurar a responsabilização perante o público dos esforços feitos pelas plataformas e associações industriais relevantes.

No final de 2018, plataformas digitais como Google, Facebook, Twitter, Microsoft e Mozilla comprometeram-se a combater a desinformação nas suas páginas através da assinatura de um código de conduta voluntário contra as ‘fake news’, um mecanismo de autorregulação que nos últimos meses tem estado centrado na desinformação sobre a covid-19.

Atualmente, estão aprovadas quatro vacinas na UE: Pfizer/BioNTech, Moderna, AstraZeneca e Janssen (grupo Johnson & Johnson).

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