Fábio Loureiro, um dos cinco reclusos que fugiram da prisão de Vale de Judeus em setembro de 2024, iniciou uma greve de fome na prisão marroquina onde se encontra detido, aguardando extradição para Portugal.
Na carta, Fábio, que foi recapturado em Marrocos em outubro, alega ter sido submetido a condições desumanas durante os cinco meses de detenção. Segundo o recluso, terá sido algemado de pés e mãos com correntes durante vários dias, mesmo para necessidades básicas como dormir, comer e higiene pessoal. “Fui tratado desumanamente e pior que um animal”, afirma na carta.
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Acusa ainda as autoridades portuguesas de o estarem a “prejudicar com mentiras, falsas promessas” e de o “castigar por ter exposto as fragilidades do sistema prisional português”. O recluso alega que Portugal não tem feito o suficiente para agilizar o processo de extradição, pode ler-se no Correio da Manhã.
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Além dos maus-tratos, Fábio Loureiro denuncia outras condições precárias na prisão marroquina, como a falta de acesso a um pátio durante 30 dias, a ausência de artigos de higiene durante 20 dias, a impossibilidade de contactar a família durante 16 dias e a falta de um colchão, almofadas ou lençóis até ao momento. O recluso alega ainda estar impedido de fumar.
Recorde-se que cumpria uma pena de 25 anos por diversos crimes graves quando fugiu da prisão de Vale de Judeus juntamente com outros quatro reclusos. A recaptura ocorreu um mês depois, em Marrocos.
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