A Biblioteca Municipal de Cantanhede tem patente ao público uma exposição fotográfica e documental sobre Miguel Torga (1907 – 1995).
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Organizada para assinalar o 20.º aniversário da morte do escritor, a iniciativa decorre até ao dia 28 de fevereiro, mostrando fotografias de várias etapas da sua vida, textos manuscritos e datiloescrítos de alguns dos seus contos mais conhecidos e cartas que escreveu a figuras públicas portuguesas, documentos emprestados temporariamente à Biblioteca Municipal de Cantanhede pela Câmara Municipal de Coimbra/Casa Museu Miguel Torga.
Miguel Torga, pseudónimo de Adolfo Correia da Rocha, nasceu a 12 de agosto de 1907, em São Martinho de Anta, Trás-os-Montes. Filho de gente humilde, emigrou para o Brasil, em 1919, para trabalhar com um tio que, apercebendo-se da sua inteligência e dimensão intelectual, lhe financiou os estudos. Em 1925, regressou a Portugal e, em 1928, entrou na Faculdade de Medicina de Coimbra, onde se licenciou, em 1933.
Ainda estudante, Adolfo Correia da Rocha publicou “Ansiedades”, o seu primeiro livro, e colaborou na revista Presença, com o poema “Altitudes”. Em 1934, aos 27 anos, passou a adotar o nome literário de Miguel Torga, pseudónimo que encerra um universo intelectual e humano muito próprio.
No início da sua carreira médica exerceu atividade nas agrestes terras transmontanas, de onde era originário e que foram cenário de fundo de grande parte da sua obra literária, no das Letras contemporâneas portuguesas.
Falecido no dia 17 de janeiro de 1995, Miguel Torga tem a sua obra traduzida em vários idiomas, sendo muito justamente considerado um dos mais importantes escritores portugueses do século 20 e uma referência incontornável no panorama literário contemporâneo do país.
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