Política

Ex-governante adverte que protecção dos fracos requer um Estado forte

Notícias de Coimbra | 1 hora atrás em 19-01-2025

O  ex-governante Luís Parreirão considerou, este sábado, em Coimbra, que a “protecção dos fracos” requer um “Estado forte”.

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Segundo o outrora secretário de Estado nos governos de António Guterres, “os fracos não têm segurança fora de um Estado de Direito democrático”.

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O jurista e gestor usava da palavra, a par de Ana Abrunhosa, Maria Manuel Leitão Marques e Cláudia Santos, na apresentação de um livro (“Segurança interna em tempos de incerteza”) da autoria de José Luís Carneiro (anterior ministro da Administração Interna).

O orador parafraseou a ex-governante sueca Ylva Johansson (social-democrata) para afirmar que “só os extremamente ricos podem assegurar a sua própria segurança”, sendo que “todos os outros precisam da força da lei”.

Com “desigualdades a gerar marginalidades várias” e “quando o figurino económico dominante vai deixando para trás alguns dos nossos concidadãos, os factores geradores de insegurança agravam-se”, advertiu o antigo secretário de Estado da Administração Interna.

Para Luís Parreirão, a “mudança de época” de que fala o Papa Francisco é, “por si só, geradora de sentimentos de insegurança” e a “progressão de forças de extrema-Direita é, em si mesma, causa e consequência de tais sentimentos”.

Ana Abrunhosa, provável candidata do PS à presidência da Câmara Municipal de Coimbra, disse que o ódio e a indiferença perante a exclusão social são avessos à construção da segurança.

Cláudia Santos, professora universitária de Direito Penal, advertiu que, frequentemente, os crimes começam a acontecer muito antes de serem consumados, alertando, assim, para a necessidade de políticas públicas apaziguadoras das tensões existentes na comunidade.

Maria Manuel, que aludiu aos perigos infligidos aos jovens pela falta de segurança nas redes sociais, lamentou “a intoxicação” feita “contra qualquer esforço de regulação”.

De resto, em declarações ao Expresso, a professora universitária Virgínia Dignum, que ensina na Suécia, acaba de comparar a inteligência artificial a “um carro sem travões, guiado sem carta de condução numa rua sem sinais”.

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