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Ex-diretor do Museu da Presidência acusado por peculato, falsificação e branqueamento

Notícias de Coimbra | 7 anos atrás em 17-05-2018

O Ministério Público acusou hoje o antigo diretor do Museu da Presidência da República Diogo Gaspar de participação económica em negócio, falsificação de documento, peculato, tráfico de influência e branqueamento de capitais.

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Foto Público

Em junho de 2016, o então diretor do Museu da Presidência foi detido por suspeitas de tráfico de influência, falsificação de documento, peculato, peculato de uso, participação económica em negócio e abuso de poder.

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Entretanto, Diogo Gaspar, através da mobilidade na função pública, pediu para ser destacado para a Direção Regional de Cultura do Centro (DRCC), pedido que foi aceite.

Os deputados do BE, João Campos e José Manuel Pureza,  questionaram o Governo, nomeadamente o Ministro da Cultura Castro Caldas, sobre o destacamento de Diogo Gaspar  para a DRCC.

Porque os “meios de comunicação afirmam que o destacamento foi confirmado pela diretora-regional de Cultura do Centro, Celeste Amaro, que se terá mostrado satisfeita por poder contar com Diogo Gaspar”, o BE quer também saber se a Direção Regional de Cultura do Centro dispõe “dos meios humanos necessários para o cabal cumprimento das suas funções ou justifica-se uma tão manifesta satisfação da diretora-regional com a possibilidade deste destacamento suprir eventuais carências de quadros técnicos nesta direção regional?”.

Citada pelo jornal Público, continua o BE, “Celeste Amaro refere que: “Recebemos o Dr. Diogo Gaspar com muito agrado. Não se tratou de nenhuma imposição, e ele veio trabalhar em três projetos que já estavam em curso”.

Diz também o BE, citando de novo o Público que Celeste Amaro refere que: “[O facto de] ele ser arguido não me interessa nada – atualmente, metade dos portugueses são arguidos”, enfatizando ainda que está “muito satisfeita por alguém querer ir trabalhar para o interior”.

A investigação a este caso – ‘Operação Cavaleiro’ – iniciou-se em abril de 2015 e foram realizadas buscas domiciliárias e não domiciliárias nas zonas da Grande Lisboa e Portalegre.

Segundo esclarecimentos prestados pela PGR na altura da detenção de Diogo Gaspar, o inquérito investigava “suspeitas de favorecimento de interesses de particulares e de empresas, com vista à obtenção de vantagens económicas indevidas, e suspeitas de solicitação de benefícios como contrapartida da promessa de exercício de influência junto de decisores públicos”.

A PGR referia que a investigação abrangia igualmente “o uso de recursos do Estado para fins particulares, a apropriação de bens imóveis públicos e a elaboração de documento, no contexto funcional, desconforme à realidade e que prejudicou os interesses patrimoniais públicos”.

Diogo Gaspar foi libertado sob caução, suspenso das funções públicas que exercia, tendo ainda a juíza de Instrução Criminal proibido o seu acesso ao Museu da Presidência, à secretaria-geral da Presidência e ao Palácio da Cidadela, em Cascais.

Em julho de 2017, passado um ano sobre a suspensão de funções, sem que tenha sido produzida acusação, Diogo Gaspar recuperou o posto de técnico superior da secretaria-geral da Presidência da República.

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