O ex-administrador da Caixa Geral de Depósitos (CGD) Armando Vara e o seu advogado escusaram-se hoje a prestar declarações à entrada para o início do julgamento, em que o antigo ministro responde por um crime de branqueamento de capitais.
Armando Vara e o advogado Tiago Bastos chegaram ao Tribunal Criminal de Lisboa, no Campus de Justiça, às 09:20, 10 minutos antes da hora marcada para o inicio da audiência dirigida pelo coletivo de juízes presidido por Rui Coelho
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Acusado no processo Operação Marquês por um crime de corrupção passiva de titular de cargo político, dois de branqueamento de capitais e dois de fraude fiscal qualificada, Armando Vara, após decisão instrutória do juiz Ivo Rosa, é agora julgado em processo autónomo por um único crime de branqueamento de capitais, sendo que o juiz considerou que o de fraude fiscal prescreveu.
O envolvimento do antigo deputado e ministro socialista na Operação Marquês, que tem como principal arguido o ex-primeiro-ministro José Sócrates, relacionava-se com o facto de, em 2006, como administrador da CGD, Vara ter alegadamente conseguido financiamento da CGD para o empreendimento de Vale do Lobo, mas, segundo a acusação do Ministério Público, mediante contrapartida financeira que terá implicado uma transferência de um milhão de euros para uma conta bancária por si controlada.
Na terça-feira, em véspera do início do julgamento no Campus de Justiça, em Lisboa, Armando Vara beneficiou de uma saída precária da cadeia e, segundo fonte ligada ao processo, estará “fisicamente presente” na primeira sessão de julgamento, marcada para as 09:30.