O secretário-geral do PSD, interpelado por NDC, acaba de descartar esclarecer se o partido apoia a recandidatura de José Manuel Silva à presidência da Câmara de Coimbra.
Acusado pelo Ministério Público (MP) de presumível cometimento de crimes de peculato e falsificação de documento, devido a factos alegadamente praticados enquanto bastonário da Ordem dos Médicos, o autarca já assumiu que irá recandidatar-se.
Interpelado pelo Diário de Notícias acerca da posição a adoptar pelos social-democratas, José Manuel Silva (independente) disse que “o PSD dirá o que entender quando (…) entender”.
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Questionado por Notícias de Coimbra, o secretário-geral do PSD, Hugo Soares, afirmou, esta sexta-feira, já ter dito “tudo o que tinha a dizer”.
A resoluta declaração “nada mais direi” poderá significar que a sua doutrina aplicável a autarcas de freguesias de Lisboa, sem aspiração de voltarem a ser apoiados pelo partido por terem sido acusados pelo MP, abrange o líder do Município de Coimbra.
Contudo, como o secretário-geral do PSD faz prevalecer a ambiguidade, poderá considerar-se que o partido equaciona optar por determinada medida para Lisboa e por outra para Coimbra.
Hugo Soares proclamou, na semana passada, que militantes do partido acusados, recentemente, num processo a correr os seus trâmites em Lisboa, não voltarão a ser candidatos a juntas de freguesias.
Na era de Luís Marques Mendes na liderança do PSD vingou a doutrina de não candidatar a eleições autárquicas pessoas acusadas, pelo MP, e cuja condição processual tivesse sido reiterada por juiz de instrução criminal. Hugo Soares acaba de subir a ‘fasquia’ ao descartar apoio do seu partido a pessoas cuja condição processual esteja aquém da pronúncia a cargo de um juiz.
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