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Europeias: Antigos líderes do PSD entram na campanha e PS apela à concentração de votos

Notícias de Coimbra | 11 anos atrás em 19-05-2014

A sete dias das eleições, os apelos socialistas à concentração de votos intensificam-se, com BE a eleger o PS como ´alvo’ e CDU a instar ao “voto útil”, enquanto antigos líderes sociais-democratas juntam-se à Aliança Portugal.

O apelo socialista partiu do próprio secretário-geral, com António José Seguro a avisar que “só o PS pode derrotar o Governo”.

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“Apelo para que concentrem o voto no PS, porque derrotam o Governo e estão a votar num projeto alternativo para o país – um projeto que volta a colocar Portugal na senda do progresso e do combate às desigualdades”, afirmou, durante um almoço comício do PS, na sala da Banda Filarmónica de Soure, onde também respondeu às críticas por ter apresentado compromissos políticos em período de companha eleitoral, considerando que o primeiro-ministro tem uma conceção do passado ao separar as prioridades nacionais e as europeias.

Na noite de domingo, tinha sido o cabeça de lista socialista, Francisco Assis, a acusar PCP e BE de atacarem o PS em vez de canalizarem energias contra um Governo de “direita” que segue uma ideologia “extremista ultraliberal”.

´Estacionada’ mais a norte, a caravana da coligação PSD/CDS-PP recebeu ainda na noite de domingo um apoio ´extra’, com a entrada na campanha do antigo líder do PSD Luís Marques Mendes, que disse durante um comício em Barcelos compreender o descontentamento dos eleitores tradicionais do PSD e do CDS-PP, mas pediu-lhes que vão votar no dia 25 para não beneficiarem o PS.

“Num tempo em que se diz que os governos prometem e não cumprem, o Governo de Passos Coelho prometeu acabar com o resgate e acabou com o resgate. Nós temos que premiar não quem falhou antes, mas quem cumpriu”, defendeu.

Já hoje, foi a vez de Luís Filipe Menezes, que sucedeu a Marques Mendes na liderança do PSD, aparecer junto aos candidatos da Aliança Portugal durante uma visita a uma adega cooperativa vinícola, em Valpaços. Afastado da política ativa desde a derrota nas últimas autárquicas, o antigo presidente da câmara de Gaia assegurou estar com “Paulo Rangel a 200%, de alma e coração, por convicção”, mostrando-se convencido de que o social-democrata “vai de novo reeditar o sucesso que teve há cinco anos”.

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Para terça-feira, está já anunciada a entrada de outro ex-líder do PSD na campanha na coligação Aliança Portugal: Marcelo Rebelo de Sousa.

Paulo Rangel, por seu lado, continua a centrar o discurso nos ataques aos socialistas, renovando hoje o apelo ao PS para que assine o manifesto ´nunca mais’, argumentando que terem subscrito o Tratado Orçamental não chega para evitar o “despesismo”.

O PS foi também o ´alvo’ da cabeça de lista do BE, Marisa Matias, que instou os socialistas a responder ao desafio lançado para esclarecer a vinculação ao tratado orçamental, considerando que não se podem “fazer falsas promessas” só porque decorre a campanha eleitoral.

Na caravana da coligação CDU, os apelos deixados pelo cabeça de lista foram para o “voto útil”, com o eurodeputado João Ferreira a argumentar com a inutilidade de votar nos “partidos das ´troikas´” (PS, PSD e CDS-PP) para “romper com o caminho das ´troikas´”.

O Livre, que apresenta como cabeça de lista o eurodeputado Rui Tavares, eleito em 2009 pela lista do BE, recebeu hoje um novo apoio, com José Sá Fernandes, vereador independente da Câmara Municipal de Lisboa, a referiu-se ao novo partido como o “único que tem uma palavra ecológica nesta campanha e tem discutido de facto a Europa”.

 

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