Desporto

Estudantes manifestaram-se em Coimbra contra proposta do Orçamento do Estado

Notícias de Coimbra | 11 anos atrás em 30-10-2013

Estudantes manifestaram-se hoje, em Coimbra, contra a proposta do Orçamento do Estado para 2014, exigindo mais financiamento no ensino superior e o congelamento das propinas na Universidade de Coimbra.

“Os reitores esperam uma redução nos cortes para o Orçamento do Estado para 2014, mas tem de se ter em conta os cortes sucessivos feitos ano após ano”, afirmou Ricardo Morgado, presidente da Associação Académica de Coimbra (AAC), à margem da manifestação que começou no Largo Dom Dinis, às 18:00, e que terminou à porta da Câmara de Coimbra, cerca de uma hora e um quarto mais tarde, por volta das 19:15.

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O presidente da AAC criticou os reitores das diversas universidades portuguesas por “acabarem por aceitar os cortes”, considerando que “são sempre os estudantes que lutam pelo ensino superior”.

Ricardo Morgado voltou a frisar que a AAC “não aceita que o valor da propina não seja congelado”, referindo que esta será uma luta que vai manter até ao final do seu mandato.

A manifestação, que na terça-feira tinha duas horas e dois locais diferentes, marcados pelas convocatórias da AAC e do movimento “Exalta a Academia”, contou com largas dezenas de estudantes, naquela que Ricardo Morgado classificou de uma “boa mobilização”, apesar de considerar que “esta geração é menos participativa”, do que anteriores.

“Não houve qualquer divisão” na convocatória da manifestação, garantiu Carolina Rocha, do movimento “Exalta a Academia”, candidato aos órgãos da AAC, explicando que se começou a “mobilizar as pessoas na sexta-feira”, dia 26, por não ter obtido uma resposta da direção-geral da AAC, quanto à hora e ao local a assinalar.

“A mobilização foi fraca”, criticou Carolina Rocha, considerando que o anúncio foi feito “tarde demais” e que a AAC “não chegou aos estudantes”.

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“[A AAC] não marca manifestações com a frequência com que deveria”, concluiu.

A Associação de Estudantes do Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (AEISEC) decidiu também estar presente na manifestação, por “querer uma melhoria de qualidade do ensino superior”, disse o presidente da associação, Igor Ferreira.

O dirigente da AEISEC disse que, apesar da “fraca mobilização, estava à espera de encontrar menos estudantes”.

Os estudantes “estão cada vez menos reivindicativos e cada vez mais cingidos ao seu ciclo de estudos”, criticou o presidente da AEISEC, afirmando que “há uma crise de valores”.

Durante a manifestação, foi possível observar cartazes reivindicativos como “A nossa educação não é um negócio”.

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