Coimbra
Estudantes da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra retomam ensinos clínicos
Dezassete instituições já permitiram o regresso, a partir do início desta semana, de 169 estudantes da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) às atividades de ensino clínico, que estavam suspensas desde meados de março deste ano (há mais de três meses), como medida de prevenção e de contenção do surto do novo coronavírus.
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Este contingente representa 48% dos 351 estudantes inscritos em ensino clínico no 3º ano da licenciatura em Enfermagem e nele se incluem 30 alunos que haviam interrompido as atividades formativas em contexto clínico iniciadas em outras instituições nacionais e internacionais ao abrigo dos programas de mobilidade Vasco da Gama e Erasmus.
Aos 182 estudantes do 3º ano que ainda aguardam pelo retorno dos ensinos clínicos (em contacto direto com os utentes dos serviços) então interrompidos, juntam-se 352 do 2º ano do curso, que terão obrigatoriamente de concluir dois blocos de ensino clínico (em contexto hospitalar e na comunidade).
Embora todos estes estudantes do 2º ano tenham feito «parte do ensino clínico» em questão, não foi possível que «nenhum terminasse a unidade curricular», afirma a adjunta da Presidente da ESEnfC e coordenadora do Gabinete de Gestão Científico-Pedagógica dos Ensinos Clínicos (GGCPEC), professora Maria do Céu Carrageta, segundo a qual «está previsto que a retoma» para este grupo «seja a partir de setembro, assim como para os restantes estudantes do 3º ano, se a situação de crise pandémica e as instituições de saúde o permitirem».
Importante, para já, para a ESEnfC, é «a disponibilidade das instituições que autorizaram a retoma dos ensinos clínicos e que permitem, assim, dar continuidade ao percurso académico de um conjunto de estudantes muito significativo», evitando «um afastamento mais prolongado com os contextos clínicos, o que é benéfico para a aprendizagem», e atenuando «a condensação de atividades no próximo ano letivo».
Instituto Português de Oncologia de Coimbra Francisco Gentil, Hospital Distrital da Figueira da Foz, Hospital Infante D. Pedro (Centro Hospitalar do Baixo Vouga), Administração Regional de Saúde do Centro, Centro Cirúrgico de Coimbra, Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro – Rovisco Pais, Casa de Saúde de Santa Filomena (Grupo Sanfil Medicina), Hospital Arcebispo João Crisóstomo (Cantanhede), Hospital Misericórdia da Mealhada, Hospital José Luciano de Castro (Anadia), Santa Casa da Misericórdia de Cantanhede, Santa Casa da Misericórdia da Vila de Pereira, Cáritas Diocesana de Coimbra, Casa do Juiz, Fundação Ferreira Freire, Fundação Sophia e Residências Montepio são as instituições que asseguram o retorno dos estudantes aos ensinos clínicos (pelo período de 29 de junho a 24 de julho), o que a ESEnfC muito reconhece.
Para o regresso aos ensinos clínicos, estudantes e professores participaram numa sessão por Zoom, organizada dias antes entre o GGCPEC e a Unidade Diferenciada de Ação Social, Saúde Escolar e Saúde no Trabalho, da ESEnfC, com a presença da Presidente da Escola, Aida Cruz Mendes, que visou reforçar o conhecimento sobre o manuseamento e a utilização segura dos equipamentos de proteção individual, apresentar orientações gerais e esclarecer dúvidas dos estudantes.
A ESEnfC considera que a realização de experiência clínica neste contexto de pandemia é uma oportunidade acrescida de aprendizagem para os estudantes, particularmente no domínio das competências ligadas à gestão do risco do exercício da futura profissão.
Para os estudantes do 4º ano (finalistas de Enfermagem), que já tinham o número mínimo de horas obrigatórias de ensino clínico aquando da suspensão generalizada de atividades letivas e não letivas presenciais, o programa da unidade curricular de Ensino Clínico Opcional foi excecionalmente reformulado, adotando outras modalidades de ensino (como seminários, projetos e/ou atividades de investigação, incluindo a monografia), estando reunidas as condições para terminarem o ciclo de estudos no final de julho.
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