Estudantes de Coimbra convocam manifestação para o dia 21 de março
A assembleia Magna de estudantes da Associação Académica de Coimbra (AAC) aprovou hoje uma manifestação para 21 de março, por ausência de uma inversão de ciclo político no ensino superior.
Passados mais de dois anos da atual legislatura, os estudantes da Associação Académica de Coimbra esperavam já registar “mudanças profundas” no ensino superior, mas elas, até ao momento, “ainda não chegaram”, disse à agência Lusa o presidente da AAC, Alexandre Amado.
Face a essa ausência de respostas aos problemas apontados, a assembleia magna aprovou a convocação de uma manifestação em Coimbra para 21 de março (celebrando o Dia do Estudante, que se assinala a 24), por forma “a reivindicar uma resposta diferente por parte dos responsáveis políticos aos problemas estruturais do ensino superior”, frisou o dirigente estudantil.
Os problemas, elencou, estão relacionados com a ausência de debate e propostas em torno da propina, a não revisão do Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES) – que não é revisto “há 11 anos” – e o facto de não haver “uma solução para o subfinanciamento” das universidades.
“Depois de datas e de compromissos falhados pelo Governo, não temos respostas e, quando há um relatório da OCDE que dá uma visão geral do ensino superior português, o Governo vem dar finalmente respostas, que acertam ao lado de alguns dos problemas dos estudantes”, criticou Alexandre Amado.
Para o presidente da AAC, “a inversão tão anunciada do ciclo político, em questões de fundo, foi zero”.
“As mudanças profundas que solucionam problemas do dia-a-dia dos estudantes ainda não chegaram e não se prevê que cheguem. No pacote legislativo anunciado não é abordado nenhum dos problemas” que a AAC identifica, referiu.
Segundo Alexandre Amado, “não há uma discussão sobre a propina, sobre o RJIES ou sobre a regulamentação das taxas e emolumentos, que retiram milhões de euros às famílias por ano a título de uma propina camuflada”.
No início do atual Governo, “foram tomadas algumas medidas paliativas para não se continuar no ritmo devastador em que se estava há dois anos, mas não há ciclo de mudança. É por isso que saímos à rua”, explanou.
De acordo com Alexandre Amado, estiveram cerca de 300 estudantes na assembleia magna, que terminou já depois das 00:00
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