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Estudante de Medicina em Coimbra nos Mundiais de Canoagem
A habitualmente alargada e bem-sucedida equipa feminina de canoagem compete nos mundiais de Duisburgo reduzida a apenas dois elementos, os menos experientes, ainda assim empenhados a tentar manter a tradição de finalistas.
A olímpica Joana Vasconcelos (22 anos) e a ex-júnior Francisca Laia (19) representam Portugal numa época atípica, com as olímpicas Beatriz Gomes e Helena Rodrigues paradas por terem sido mães (voltam em 2014) e Teresa Portela a abdicar da seleção, em divergências com a equipa técnica liderada por Ryszard Hoppe.
“Estávamos habituadas a ser mais raparigas, mas agora estamos sem a Helena, Beatriz e Teresa. Só duas é mais complicado, mas para o ano as coisas já serão bastante diferentes”, confia a benfiquista Joana Vasconcelos, que fará K1 200 (vice-campeã do Mundo sub-23) e K2 500 (quartas nos mundiais sub-23) com Francisca.
Para Laia (CD os Patos) a ausência das colegas mais experientes antecipou-lhe a oportunidade desejada: “Nunca pensei estar aqui logo no primeiro ano de sénior. Sempre olhei para os mundiais como uma prova a atingir mais tarde, mostrando nível e qualidade. Sei que isto também aconteceu pelas situações das minhas colegas, mas é um sonho estar aqui e quero aproveitar, tentando levar as cores de Portugal o mais longe possível”.
A medalha de bronze europeu júnior em K1 200 (em 2011 e 2012) garante que a dupla está em Duisburgo “para lutar” e, “apesar da muito maior experiencia das rivais”, afiança que tudo fará para surpreender com a qualificação para a final.
De benjamim da equipa, Vasconcelos passou a elemento mais experiente da dupla feminina, garantindo que Francisca Laia “dá todas as garantias”, embora reconhecendo que, a este nível, “não será fácil atingir a final”, reservada às nove melhores tripulações do mundo.
“Vamos dar o nosso melhor. Temos evoluído bastante desde que nos juntámos. Pensei que não ia ser fácil, mas com o tempo estamos a melhorar. Agora é dar tudo pela seleção e por nós. Ir à final seria quase uma medalha. Seria bastante bom, um sonho, pois ainda somos novas”, disse a jovem gaiense.
Para a companheira estudante de medicina em Coimbra os maiores elogios: “É nova, mas tem dado garantias. Está a ganhar experiência. Tem grande futuro. Dá-me confiança enorme e isso é muito bom numa tripulação”.
Esta época é para “continuar a evoluir”, sempre com a mente nos Jogos Olímpicos Rio2016, onde deseja competir “na tripulação que der mais garantias”.
“Ainda não sei as tripulações em que o selecionador vai apostar, mas uma que me dê mais garantias de resultados é o ideal. Gosto muito do K1, mas não digo que o quero, pois se no K2 ou K4 conseguir melhores resultados, então é nessas tripulações que aposto”, vincou.
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