Durante dois anos, uma estudante do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP) de Lisboa, perseguiu uma colega da mesma escola, com o objetivo de destruir a sua reputação e humilhá-la publicamente.
Utilizou para isso diversas plataformas da internet, como redes sociais e serviços de mensagens anónimas.
A perseguição teve início em março de 2019 e estendeu-se até 2021. Criou perfis falsos nas redes sociais Instagram e Tinder, usando o nome da vítima e o seu verdadeiro endereço de e-mail.Através desses perfis, publicou mensagens e imagens de teor sexual, criando uma falsa imagem da jovem, associando-a a comportamentos desonestos.A agressora também enviou milhares de emails anónimos, com insultos e difamações, não só para a vítima, mas também para os seus familiares, amigos e até os namorados das amigas, escreve o Jornal de Notícias.
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Além disso, espalhou fotomontagens com imagens da vítima nua e criou intrigas, enviando as mesmas mensagens para a escola da jovem e para entidades da sua cidade natal, com o objetivo de causar-lhe vergonha e sofrimento.
A perseguição atingiu o seu ponto máximo quando a arguida simulou a morte da vítima, criando um obituário falso e enviando-o a várias pessoas, incluindo empresas locais e um jornal da cidade natal da
jovem.Apesar de inicialmente negar as acusações e tentar desviar as investigações, acusando outras pessoas de serem responsáveis pela perseguição, acabou por confessar os seus crimes através de um
email enviado a várias alunas do ISCSP, após ter tentado distorcer os factos ao longo da investigação.Foi condenada a sete anos de cadeia.
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