A Estradas de Portugal (EP) anunciou hoje, que, para garantir condições de segurança de circulação na Estrada Nacional (EN) 110, entre Coimbra e Penacova, é “necessário prolongar o prazo de corte” da via por mais uma semana.
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Numa nota divulgada ao princípio da noite de hoje, e empresa afirma que, “nesta data, é possível estimar que, antes do período da Páscoa, será efetuada a abertura [da estrada] ao tráfego, de forma alternada”.
A EN 110, que liga Penacova a Coimbra, ao longo da margem direita do Rio Mondego, está encerrada ao trânsito desde 15 de janeiro, devido a duas derrocadas, na zona de Foz do Caneiro, estando a ser intervencionada pela EP, desde 10 de fevereiro, numa empreitada orçada em cerca de 193 mil euros.
No âmbito dos trabalhos em curso na estrada (quilómetro 10,6), na zona de Foz do Caneiro, verificou-se que “durante a execução das pregagens necessárias para estabilização do talude, a calda de impregnação do maciço começou a ser perdida, face à elevada fraturação do terreno”, explicou a EP.
“A metodologia adotada permitiu efetuar 32 pregagens, distribuídas por sete níveis, com um rendimento que previa a abertura de uma via ao tráfego na data que tinha sido inicialmente estimada”, prosseguiu.
Ao “avançar para os níveis superiores, onde o maciço se encontra mais degradado, concluiu-se que, para a garantia das condições de segurança, será necessário prolongar o prazo de corte de vias por mais uma semana”, salientou a EP, adiantando que, “nesta data, é possível estimar que antes do período da Páscoa, será efetuada a abertura ao tráfego, de forma alternada”.
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Após os trabalhos de pregagem concluídos, ficarão por efetuar um conjunto de intervenções “não críticas”, como “drenagens, limpeza e projeção de betão, que implicarão o fecho em períodos pontuais coincidentes com a altura do dia em que se regista menor tráfego”, referiu a empresa.
“Esta solução permite os movimentos pendulares da população e tem vantagens evidentes, uma vez que os trabalhos fundamentais para a garantia das condições de segurança de exploração serão concluídos no mais breve intervalo de tempo”, sustentou a EP.
A Comissão de Utentes da EN 110 entre Penacova e Coimbra distribuiu, ao início da tarde de hoje, um comunicado no qual convoca a população afetada pelo corte da estrada para uma vigília junto ao local da derrocada, na Foz do Caneiro, na quinta-feira, 10 de abril, às 19:00.
“É com uma profunda indignação e revolta” que a Comissão se “sente novamente enganada” pela EP, devido ao adiamento da reabertura da EN 110”, que “se encontra encerrada à circulação automóvel e pedonal há três meses devido a uma derrocada a 15 de janeiro”.
A vigília visa protestar contra o que a comissão “apelida de incompetência e desprezo pela população” que tem necessidade de utilizar a via, cuja reabertura de uma faixa de rodagem que permita a circulação automóvel alternada tem registado “sucessivos adiamentos”, o último dos quais para 10 de abril.
Manifestando-se contra “o constante desprezo” da EP para com os utentes e moradores da área servida pela EN 110, a comissão anuncia, no mesmo comunicado, que vai “solicitar ao ministro da Economia a demissão” do diretor da Estradas de Portugal Coimbra/Norte.
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