Portugal

Estes foram os sismos que Portugal já sentiu

Notícias de Coimbra | 2 anos atrás em 08-02-2023

Portugal faz fronteira com placas Euro-Asiática e Africana (Núbia) designada por fratura Açores-Gibraltar. O território continental é caracterizado por uma zona de sismicidade assinalável, segundo a Sociedade Portuguesa de Engenharia Sísmica. 

O nosso país devido ao seu enquadramento tem sofrido  consequências de sismos de moderada a forte magnitude ao longos dos anos. O sismo mais antigo de que há registo terá ocorrido 63 anos antes de Cristo (a.C.) e foi seguido de um tsunami que afetou as costas portuguesa e galegas.

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Existem momentos que marcaram a história da sismologia em Portugal.

  • 26-1-1531:

Este sismo causou danos no centro de Portugal continental, particularmente na região de Lisboa. Terá tido epicentro na região de Benavente, de acordo com estudos feitos e citados pela sociedade portuguesa sísmica, tendo sido estimada uma magnitude de 7. Há registo de 30 mil mortos em Lisboa.

  • 27-12-1722:

“Causou grandes estragos humanos e materiais desde o cabo S. Vicente a Castro Marim, com incidência em Tavira, Faro e Loulé. Teve o seu epicentro no mar e gerou um tsunami local em Tavira”, lê-se no site da Sociedade Portuguesa de Engenharia Sísmica.

  • 1-11-1755:

O maior dos sismos e tsunami de que há notícia. Sentiu-se fortemente em Lisboa, Algarve, sul de Espanha e Marrocos. Foi também sentido nos Açores (tendo causado danos no edificado de Ponta Delgada (São Miguel), Angra do Heroísmo e Praia da Vitória (Terceira), na Madeira e por quase toda a Europa.

O megassismo de 1 de Novembro de 1755, com uma magnitude que se estima entre 8,7 e 9,0. O número total de vítimas é  incerto com estimativas que variam entre 20.000 e as 40.000 pessoas. “Só em Lisboa, pensa-se que dos 20.0000 habitantes terão morrido. Das 20.000 casas existentes, apenas 3.000 podiam ser reocupadas a seguir ao sismo. Totalmente destruídos ou severamente danificados contam-se 32 igrejas, 60 capelas, 31 mosteiros, 15 conventos e 53 palácios”, de acordo com aquela sociedade sísmica. A resposta à catástrofe foi rápida, contudo a reconstrução completa da cidade levou cerca de 100 anos aproximadamente.

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  • 23-4-1909:

O epicentro localizou-se na zona de Benavente e teve uma duração de cerca de 20 segundos. Ocorreram várias réplicas no mesmo dia e nos meses seguintes tendo sido sentidos 246 abalos.

Foram registados danos como queda de chaminés, fendilhação de fachadas e muros.

  • 21-2-1964 :

Era 17:14 quando a parte oeste da ilha de S. Jorge sofreu uma crise sísmica com uma magnitude de 5,5. Ficaram danificadas mais de 900 casas e 400 destruídas. “Espalhou-se o pânico na ilha, levando à evacuação de grande número de jorgenses para a Terceira e outras ilhas. Esta crise esteve associada a uma erupção submarina ao largo dos Rosais”, relata aquela sociedade.

 

  • 28-2-1969:

Um sismo de magnitude 8,0 com localização na planície abissal da Ferradura, foi sentido em todo o país, atingindo o Barlavento Algarvio, com danos importantes em alguma construção de alvenaria antiga. Em Lisboa, centenas de chaminés sofreram danos, incluindo colapsos. A sul de Lisboa registaram-se danos ligeiros a moderados em diversas igrejas e capelas.

 

  • 23-11-1973:

Para os principais sismos desta crise, que ocorreram nos dias 23 de novembro e a 11 de dezembro. O sismo provocou graves danos, com muitas casas parcialmente destruídas, muros caídos e estradas obstruídas, nas freguesias de Bandeiras, Santa Luzia, Santo António e São Roque, na costa norte do Pico, na freguesia de São Mateus, na costa sul do Pico, e ainda nas freguesias de Conceição, Matriz e Flamengos, na ilha do Faial.

 

  • 1-1-1980:

Este sismo que afetou as ilhas Terceira, S. Jorge e Graciosa causando grandes estragos na cidade de Angra do Heroísmo, essencialmente em edifícios de um a dois pisos em alvenaria tradicional de pedra, danificando 15.000 habitações. Um pequeno tsunami foi gerado por este sismo.

O sismo causou 61 mortos muitos dos quais devido aos deslizamentos de encostas na ilha de S. Jorge. A reconstrução das zonas destruídas constituiu a operação de maior envergadura levada a cabo em Portugal nos últimos 100 anos, lê-se no documento disponibilizado no site daquela sociedade sísmica.

  • 9-7-1998 :

Esta crise sísmica teve início a 9 de julho de 1998, com epicentro a cerca de 15 km a nordeste da Horta e com magnitude de 5,9. Foram registadas perto de 10.600 réplicas e durou cerca de 4 meses.

O abalo das 5:19 causou a grande parte dos danos verificados nas ilhas do Faial e Pico, apresentando a ilha de S. Jorge os danos mais ligeiros e em menor número, dada a sua localização mais distante da zona epicentral. O sismo causou 8 mortos, uma centena de feridos e 2500 desalojados.

FOTO: Diário de Notícias – Sismo em Portugal (1969)

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