Um estudo recente sugere que os adoçantes artificiais, como o aspartame, utilizados em bebidas dietéticas como a Coca-Cola Diet, podem aumentar o risco de diabetes tipo 2, contrariando a ideia de que essas bebidas são uma opção mais saudável.
A pesquisa, conduzida por cientistas franceses da Universidade Sorbonne, revelou que o consumo de aditivos artificiais presentes em produtos alimentares, incluindo adoçantes como o aspartame, pode estar ligado a um risco maior de desenvolver a doença.
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Foi monitorizada a dieta de mais de 108.000 pessoas ao longo de oito anos e encontrou que aqueles que consumiram quantidades significativas de uma combinação de aditivos alimentares, incluindo o aspartame, tiveram um risco de diabetes tipo 2 aumentado em 10% em comparação com aqueles que não consumiram esses produtos. Embora os pesquisadores alertem que mais estudos são necessários para confirmar essa ligação, as descobertas levantam preocupações sobre os efeitos de aditivos artificiais na saúde a longo prazo.
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Entre os aditivos identificados, estão a goma guar, o ácido cítrico e o sucralose, comuns em produtos ultraprocessados como refrigerantes e sobremesas. As alterações que esses compostos podem provocar na microbiota intestinal, afetando a absorção e regulação do açúcar no sangue, são apontadas como possíveis explicações para o aumento do risco de diabetes tipo 2.
O estudo revela também que, em particular, a mistura de aditivos que inclui o aspartame foi associada a um aumento de 13% no risco de diabetes tipo 2, um dado alarmante que reforça a ideia de que certos compostos alimentares podem ter efeitos prejudiciais à saúde, mesmo quando consumidos em produtos “diet” ou com baixo teor calórico.
Apesar disso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou o aspartame como “possivelmente cancerígeno para humanos” em uma revisão de segurança realizada em 2023. No entanto, a agência da ONU manteve que o consumo diário de até 14 latas de bebidas dietéticas seria seguro para um adulto de 70 kg, concluindo que o risco só é significativo em casos de consumo excessivo.
Essas descobertas sobre adoçantes artificiais surgem em meio a preocupações crescentes com o consumo de alimentos ultraprocessados (UPFs), que representam uma grande parte da dieta no Reino Unido, um dos países mais afetados pelo aumento de doenças como a obesidade e diabetes tipo 2. Os UPFs, como refeições prontas e sorvetes, são reconhecidos como um dos principais fatores de risco para doenças metabólicas, e representam um enorme custo para os sistemas de saúde, pode ler-se no Daily Mail.
O diabetes tipo 2, que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, é uma condição séria que pode levar a complicações como ataques cardíacos, derrames e danos nos olhos, rins e pés. Com os sintomas frequentemente silenciosos, a doença está se tornando uma preocupação crescente para a saúde pública, com mais de 4 milhões de pessoas vivendo com diabetes no Reino Unido.
Este estudo ressalta a importância de uma maior atenção à dieta e ao consumo de produtos com adoçantes artificiais e aditivos alimentares, já que esses compostos podem estar desempenhando um papel crucial no aumento dos casos de diabetes tipo 2.
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