Economia
Estado vai assumir financiamento na implementação de redes de capacidade muito elevada
O ministro das Infraestruturas afirmou hoje que o Estado vai assumir o financiamento na implementação de redes de comunicações de alta capacidade e que o concurso público para cobrir as zonas brancas será lançado este ano.
Pedro Nuno Santos falava no segundo e último dia do 31.º congresso da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC), que se realiza em formato híbrido a partir do auditório da Faculdade de Medicina Dentária de Lisboa, que tem como tema “Tech and Economics: the way forward”.
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O secretário de Estado das Infraestruturas tinha afirmado na segunda-feira que o concurso de conectividade de fibra ótica deverá ser lançado “durante o curso do quarto trimestre”, depois de ter informação sobre as zonas brancas (sem Internet) do país.
“O setor das comunicações tem sabido responder às necessidades dos cidadãos e das empresas, investindo e dando o seu contributo para essa rápida transição digital” e “Portugal é, sabemos, um dos países da União Europeia com maior taxa de cobertura de redes fixas de capacidade muito elevada”, afirmou o ministro.
“No entanto, passados 15 anos após o início do investimento, o país ainda não está totalmente coberto”, lamentou o governante, defendendo que “estas redes de capacidade muito elevada, que são já uma realidade nas áreas urbanas, têm de chegar também aos territórios do interior e de baixa densidade, por respeito das suas populações e valorização das suas empresas”.
A importância do acesso a estas redes, apontou Pedro Nuno Santos, “justifica que o Governo tenha assumido o compromisso claro de promover o acesso de todos às infraestruturas digitais de que necessita para viver e trabalhar”.
Aliás, o Governo “está muito atento a este problema e, ainda na legislatura passada, adotou um conjunto de medidas” que contribuirão para que o país cumpra, “antes do prazo, os objetivos traçados pela Comissão Europeia de cobertura total da população” com redes Gigabit.
“Esta política pública exigirá um esforço por parte do Estado, que assumirá o financiamento na implementação de redes de capacidade muito elevada em todos os locais onde os operadores privados não investiram ou não pretendem investir”, afirmou o ministro.
“O Governo conta com a participação de todos os atores, do regulador aos operadores, passando pelas autarquias que integram as áreas sem cobertura de redes de velocidade muito elevada – as áreas brancas – para lançar o concurso público até ao final deste ano”, acrescentou.
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