O Calcário de Ançã acaba de integrar a lista de Pedra Património Mundial (Global Heritage Stone Resource). A revelação acaba de ser feita este domingo numa conferência de imprensa realizada numa antiga pedreira junto à freguesia do concellho de Cantanhede.
Após a candidatura cientifica, apresentada na Assembleia Geral da União Europeia de Geociências em Viena (Áustria) o Calcário de Ançã vai integrar a partir deste domingo o restrito lote de Heritage Stones (32 até agora) reconhecidas em todo o mundo.
Portugal contava já com 3 designações: Mármores de Estremoz (2017), Calcário Lioz (2019) e Brecha da Arrábida (2022), às quais se juntará agora a Pedra de Ançã (2024).
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Esta atribuição visa o reconhecimento internacional das pedras naturais que enquanto recurso geológico alcançaram uma utilização generalizada na cultura humana.
A envolvente geográfica da Pedra de Ançã compreende uma mancha cartografada de rochas calcárias superior existente entre as localidades de Ançã, Portunhos, Pena e Outil.
Apesar da relativa extensão geográfica desta área, a maior parte das primitivas pedreiras e as utilizadas para fins mais “artísticos” designada Pedra de Ançã, estariam localizadas em torno do vale da ribeira de Ançã e seus tributários.
Pedra de Ançã é o material de construção por excelência dos monumentos portugueses. Com ela esculpiram‐se joias do que hoje é feito grande parte do nosso património da humanidade.
Trata-se de um tipo de calcário muito puro e macio, de tom esbranquiçado, explorado na região de Ançã, em unidades jurássicas do anticlinal de Cantanhede que tanto deleitou arquitectos e escultores pela facilidade em se moldar ao sabor do cinzel, permitindo a feitura quase miraculosa de obras com grande esmero e detalhe.
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