Coimbra
Espelho de água da Figueira
O presidente da Câmara da Figueira da Foz disse hoje que a autarquia que saber se as fugas de água no lago da zona ribeirinha decorrem de um erro de projeto ou de falhas na execução da obra.
Em causa estão as fugas de água detetadas no espelho de água em redor do forte de Santa Catarina, que, segundo a autarquia, se devem à ondulação registada no local, devido às diferenças de cota no piso e também ao facto de a água se escapar por entre as pedras, dado não ter sido prevista a impermeabilização do lago.
Uma vez que o lago está sem água, o presidente da Câmara, João Ataíde, defendeu, em reunião do executivo municipal, que se selem “todas as fugas” até que esteja concluído o relatório que poderá determinar a necessidade de uma intervenção no local.
Esta poderá passar pelo rebaixamento, em três centímetros, das zonas mais altas do piso, para evitar fugas de água.
Por outro lado, o autarca quer que se avalie a possibilidade de, no futuro, se utilizar um furo de água salgada para abastecer o lago e não através da rede pública, para assim diminuir os consumos.
A oposição da coligação Somos Figueira (PSD/CDS-PP/PPM/MPT), no executivo, manifestou-se preocupada pela eventualidade de a autarquia ter de custear a intervenção.
O vereador Miguel Almeida argumentou que existe uma rotura no sistema de abastecimento, tendo mostrado um vídeo com a rotação do contador, inquirindo sobre quanta água foi gasta desde a inauguração da obra, no verão.
Ainda segundo o vereador, o empreiteiro não assume a responsabilidade, porque cumpriu o projeto e a autarquia “não pode pagar” uma eventual intervenção.
Também João Armando Gonçalves, do movimento Somos Figueira, questionou a inexistência de impermeabilização, acrescentando que, “com o tempo, as fissuras vão aumentando”.
Na resposta, o diretor do Departamento de Obras Municipais, António Albuquerque, disse que o lago não possui o “conceito” de piscina – e, por isso, não possui tela impermeável – e que a retenção da água seria feita selando as juntas do equipamento.
Já o vereador do PS, Carlos Monteiro, frisou que os serviços camarários calcularam os metros cúbicos de evaporação da água, apontando a existência de fissuras que, “pontualmente”, foram sendo seladas.
“Uma preocupação desde o início foi perceber se a água que se estava a perder era por evaporação ou por outro motivo”, alegou o vereador.
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