Desporto

Espanha esquece deceção tardia e arruma Croácia em jogo inesquecível

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 28-06-2021

Uma resposta cínica permitiu hoje à Espanha salvar-se da desilusão consentida no marcador no final do tempo regulamentar e bater a Croácia, por 5-3, após prolongamento, rumando aos quartos de final do Euro2020 de futebol.

Perante 22.771 espetadores no Estádio Parken, em Copenhaga, Álvaro Morata, aos 100 minutos, e Mikel Oyarzabal, aos 103, selaram a passagem da ‘roja’ na primeira parte do tempo extra, após ter virado de 0-1 para 3-1 e permitido a igualdade nos 90 minutos.

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O segundo encontro com maior produção ofensiva de sempre da história dos Europeus abriu com golos espanhóis de Pablo Sarabia, aos 38 minutos, César Azpilicueta, aos 57, e Ferran Torres, aos 77, enquanto Pedri, aos 20, na própria baliza, Mislav Orsic, aos 85, e Mario Pasalic, aos 90+2, faturaram para os vice-campeões mundiais em título.

A campeã europeia em 1964, 2008 e 2012 concretizou cinco golos pelo segundo jogo consecutivo no Euro2020 e vai encarar o vencedor do embate de hoje entre França e Suíça na sexta-feira, às 19:00 locais (17:00 em Lisboa), em São Petersburgo, na Rússia.

Já a Croácia tentou resistir à indisponibilidade dos influentes Dejan Lovren, castigado, e Ivan Perisic, infetado com covid-19, e jamais virou a cara à luta, mas não passou da segunda eliminação seguida nos ‘oitavos’ em seis fases finais como país independente.

Com José Gayà e Ferran Torres a render Jordi Alba e Gerard Moreno, a ‘roja’ entrou fiel ao tradicional estilo de posse desmedida e impediu o adversário de atacar, assustando Dominik Livakovic aos 13 minutos, ao ver Pablo Sarabia disparar às malhas laterais.

O guarda-redes da ‘vatreni’ teve de intervir ao quarto de hora, quando se deparou pela frente com Koke, isolado com mestria por Pedri, e contou com um bloqueio precioso de Domagoj Vida ao cabeceamento na pequena área de Álvaro Morata, aos 19 minutos.

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A Espanha trocava a bola pacientemente para procurar desequilíbrios entre as linhas compactas da Croácia, mas consentiu um golpe caricato segundos depois, uma vez que Unai Simón deixou escapar um passe atrasado de Pedri na direção da própria baliza.

O inusitado lance conferiu serenidade à equipa de Zlatko Dalic para equilibrar operações, ao ameaçar numa incursão às malhas laterais de Nikola Vlasic, aos 25 minutos, e num ‘tiro’ de Mateo Kovacic, aos 26, abalando o domínio claro dos pupilos de Luis Enrique.

Do nada, os ibéricos recuperaram confiança aos 37 minutos, com Sarabia a concretizar uma jogada de insistência desenvolvida pela esquerda, na sequência de uma primeira tentativa de Gayà afastada por Livakovic, para faturar pelo segundo jogo consecutivo.

A tendência manteve-se na abertura da etapa complementar e a reviravolta da Espanha chegou com naturalidade aos 57 minutos, quando César Azpilicueta surgiu nas costas de Josko Gvardiol para finalizar de cabeça um cruzamento de Ferran Torres na esquerda.

A Croácia cresceu no terreno e intensificou a pressão, ao ponto de Unai Simón se ter redimido do autogolo aos 67 minutos, segurando a investida de Gvardiol, assistido por Vlasic, antes de ter sido punida pelo súbito adormecimento numa reposição lateral.

Aos 77 minutos, Pau Torres cobrou um livre a longa distância na esquerda e ainda atrás da linha de meio-campo, com Ferrán Torres a receber desmarcado no flanco contrário para ‘sentar’ Josko Gvardiol e festejar o terceiro golo à saída de Dominik Livakovic.

A ‘vatreni’ reagiu em esforço ao destino da partida e, logo após Dani Olmo ter esbanjado uma tentativa de ‘chapéu’ na área, encurtou distâncias aos 85 minutos, quando Mislav Orsic emendou um remate de Ante Budimir cortado em cima da linha por Azpilicueta.

A tecnologia da linha de golo ajudou a restituir a incerteza e amparou a esperança balcânica, que a ‘roja’ nunca soube controlar, sofrendo o 3-3 aos 90+1 minutos, com o suplente Pasalic a desviar de cabeça um centro na esquerda do recém-entrado Orsic.

Zlatko Dalic suspirava com o antídoto extraído do banco e contentou-se com a entrada dinâmica da Croácia no prolongamento, graças a um pontapé de Orsic a rasar a barra, aos 92 minutos, e a nova redenção de Unai Simón perante Andrej Kramaric, aos 96.

Num abrir e fechar de olhos, a Espanha aniquilou esse fulgor anímico graças à frieza de Álvaro Morata e Mikel Oyarzabal, aos 100 e 103 minutos, respetivamente, desfeiteando Livakovic num cruzamento e num contra-ataque desenhados na direita por Dani Olmo.

O conjunto de Luis Enrique reavivava dois golos de vantagem e diluiu com bola o ritmo frenético numa fase de desgaste mútuo, limitando os croatas à perdida de Budimir, aos 106 minutos, e vendo Livakovic parar Morata, aos 116, e Olmo atirar ao poste, aos 120.

 

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