Cidade
Escaravelhos vencem Câmara
A Câmara de Coimbra investiu, sem sucesso, cerca de 36 mil euros para salvar as palmeiras existentes em espaços públicos da cidade atacadas por escaravelho vermelho, mas, assegura, vai continuar a combater a doença.
Desde que, há alguns anos, se “confirmou a existência de uma praga de escaravelho vermelho em Coimbra, a câmara municipal tem vindo a aplicar tratamentos para tentar salvar as palmeiras infetadas”, mas sem resultados positivos, afirma a autarquia, numa nota hoje divulgada.
Depois de ter abandonado a microinjeção, a câmara tem estado a adotar outros meios de combate à praga – “banhos sanitários, aplicação de nemátodos e aplicação de inseticidas químicos” – que “já custaram à autarquia aproximadamente 36 mil euros”.
O investimento irá prosseguir, em 2014 e nos próximos anos, e incidirá sobre 38 palmeiras, segundo a autarquia.
Entre as palmeiras afetadas pela doença contam-se duas árvores situadas no Parque Manuel Braga, que são “os últimos exemplares centenários existentes em domínio público municipal”, refere a mesma nota.
Os tratamentos entretanto efetuados não evitaram, “infelizmente, a morte de 18 espécimes que esta semana começaram a ser removidos do Parque Manuel Braga e da Avenida Sá da Bandeira”.
Na Avenida Sá da Bandeira existiam 14 exemplares que, em 2010, foram classificados como Património de Interesse Público, mas essa classificação foi “perdida em 2011 devido à morte de 12” daquelas palmeiras.
A Câmara de Coimbra, através de uma empresa especializada, iniciou esta semana a remoção, na Avenida Sá da Bandeira e no Parque Manuel Braga, de 18 troncos de palmeira mortos “devido à praga do escaravelho vermelho das palmeiras”.
O escaravelho vermelho (Rhynchophorus ferrugineus) é um “besouro relativamente grande”, cujas larvas escavam buracos que podem atingir um metro de comprimento no tronco das palmeiras, provocando a morte rápida da planta.
A União Europeia estabeleceu um conjunto de regras para o controlo da praga, mas a sua aplicação tem-se revelado “bastante complicada”, designadamente pelo facto de “toda a área em torno do Mediterrâneo estar a ser fortemente atacada”.
A Câmara de Coimbra considera que é assim de evitar a plantação de palmeiras até haver algum controlo da praga.
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