O presidente da Câmara Municipal de Coimbra alertou, no período antes da ordem do dia da reunião do executivo, desta segunda-feira, 19 de agosto, para a problemática dos espaços verdes e jardins que se vive na cidade.
“Esta problemática é mais visível e mais atreita a reclamações nesta época do ano, na medida em que temos uma carga de trabalho 3 a 4 vezes maior do que no período de inverno, devido ao crescimento acelerado das plantas, uma situação particularmente potenciada este ano pela intermitência de períodos de chuva, que aceleraram brutalmente o crescimento das plantas”, sustentou o autarca.
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A Câmara Municipal “tem 49 jardineiros, cuja média de idades está nos 52 anos, 18 deles têm serviços melhorados e aproximadamente 12 trabalhadores reformam-se nos próximos 2 anos”, frisou.
“Como temos 65 hectares de espaços verdes e jardins em administração direta, deveríamos ter, pelo menos, 65 jardineiros. Ou seja, a Câmara precisava de cerca de mais 20 jardineiros”.
José Manuel Silva sustentou que “as consequências da não utilização do herbicida glifosato foram, inevitavelmente, passeios com ervas, que a opinião pública, infelizmente e injustamente, parece atribuir a incompetência dos serviços e da gestão camarária, o que não é verdade”.
O edil reforça que “foi uma opção política e ecológica pela não utilização de herbicidas no perímetro urbano, que, pelos vistos, foi muito mal compreendida e pior interpretada, se bem que as redes sociais não sejam uma forma nada fidedigna de avaliar a real expressão e sentimento da opinião pública”.
Para o autarca, “manter a cidade limpa de ervas, por meios exclusivamente mecânicos, seria necessário um exército de pessoas”, sublinhando que a questão da colocação de mais flores nos espaços verdes também representa um embelezamento que está, naturalmente, nos objetivos”.
O presidente da autarquia referiu, ainda, que a produção do Horto não chega para tudo” e por isso está a ser avaliada “possibilidade de comprar mais uma estufa grande, representando um
investimento de 80 a 90 mil euros”.
No início de setembro será “feita uma auscultação online da opinião pública relativa à reutilização do glifosato nos espaços urbanos”, recordou.
“Queremos que as pessoas decidam e agiremos conforme a vontade dos munícipes. Reafirmando que, se optarem pela não utilização do glifosato em passeios, será inevitável o convívio, que esperamos mais pacífico, com ervas nos passeios”, concluiu.
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