Coimbra
Ernesto Costa quer Universidade a contribuir para Coimbra Cidade da Saúde
O candidato a reitor da Universidade de Coimbra Ernesto Costa defendeu hoje a transformação da instituição “numa universidade de investigação” de renome mundial e a afirmação de Coimbra como “cidade da Saúde”.
Na cidade, “existe um capital imenso na área da saúde e tem falhado uma ligação mais intensa da Universidade ao Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra”, notou o candidato a reitor e docente na área da inteligência artificial, Ernesto Costa, defendendo um papel da instituição do ensino superior na transformação de Coimbra numa “cidade da Saúde”.
Outro dos grandes desafios será “transformar a Universidade de Coimbra numa universidade de investigação, que tenha renome mundial, que seja inclusiva e que esteja aberta à sociedade”, disse Ernesto Costa, que falava à agência Lusa à margem da apresentação da sua candidatura no Museu da Ciência.
Segundo o docente e investigador, há que “criar os instrumentos de transformação”, propondo, para isso, tornar o Instituto de Investigação Interdisciplinar “num instituto de investigação e inovação com competências reforçadas e com capacidade para coordenar e integrar a investigação que é feita na Universidade de Coimbra”.
Uma das críticas que faz ao que aconteceu nos últimos oito anos na instituição é não ter existido uma coordenação e integração da investigação que é feita na universidade, não permitindo “potenciar a qualidade” do conhecimento que é produzido e desenvolvido.
Sobre o ensino, propõe uma reflexão que permita “caminhar para uma aproximação dos saberes e não compartimentá-los”, o que se poderá traduzir, “eventualmente, em alterações de propostas curriculares”.
Quanto à estratégia de captação de estudantes estrangeiros, Ernesto Costa entende que esta deve continuar a ser promovida, querendo não apenas continuar com a aproximação aos países de língua oficial portuguesa, como melhorar a capacidade de atrair alunos fora do espaço lusófono, o que “ainda é um pouco incipiente”.
Contra a propina e contra a possibilidade do regime fundacional nas universidades públicas, o docente defende uma maior participação e mais democracia no seio das universidades, sendo contra a forma como o reitor é eleito (através do Conselho Geral).
“Um reitor devia ser eleito por uma assembleia de universidade, porque daria uma legitimidade democrática acrescida”, disse, apesar de defender que um órgão como o Conselho Geral, com membros externos, deve manter-se.
O atual vice-reitor Amílcar Falcão, professor da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra, o diretor da Faculdade de Letras, José Pedro Paiva, e a astrónoma brasileira Duília Fernandes de Mello são os outros candidatos a reitor.
As eleições para reitor da Universidade de Coimbra para o mandato 2019-2023 vão decorrer numa reunião plenária do Conselho Geral, a 11 de fevereiro, havendo a 04 do mesmo mês uma audição pública dos candidatos e uma segunda sessão, apenas para membros do Conselho Geral, no dia seguinte.
O Conselho Geral da Universidade de Coimbra é constituído por 18 representantes dos professores e investigadores, cinco estudantes, dois trabalhadores não docentes e não investigadores e dez elementos externos à instituição.
O atual reitor, João Gabriel Silva, cumpre em 2019 o seu segundo mandato à frente da Universidade de Coimbra.
Veja o vídeo do Direto NDC:
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