Coimbra
Equipamentos de escola de Arganil dados como furtados foram retirados por empresa
Equipamentos de uma escola de Arganil que haviam sido dados como furtados no final de dezembro, foram afinal retirados por uma empresa, por alegada falta de pagamento da responsável da empreitada de obras no estabelecimento, informou a autarquia.
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A Câmara Municipal de Arganil reportara um furto, a 22 de dezembro, durante as férias escolas, de alguns equipamentos de jogo e recreio da Escola de 1.º Ciclo e Jardim de Infância do Sarzedo, referindo, então, que os assaltantes tinham forçado a fechadura do portão principal do estabelecimento para retirar vários materiais.
Em nota divulgada na sexta-feira, a autarquia informou que, após ter sido divulgado o assalto, recebeu, vai email e por correio, uma comunicação por parte do subempreiteiro da obra que terá instalado o equipamento de jogo e recreio na escola, a CRP – Comércio e Reciclagem de Produtos, da Covilhã, a assumir “a responsabilidade pela remoção do material”.
Anexada à nota de imprensa do município, foi divulgada essa mesma comunicação, onde a CRP refere que, a 22 de dezembro, procedeu ao levantamento do “equipamento infantil instalado na Escola do Sarzedo”, por falta de pagamento por parte da CIP Construções, empresa responsável pela empreitada de reabilitação daquela escola.
A Câmara de Arganil frisa que esta situação, em que é “o principal lesado”, não tem “razões legal e moralmente aceitáveis”.
Na nota de imprensa, a autarquia vinca que cumpriu com as suas obrigações contratuais com a empresa responsável pela empreitada, CIP Construções, anexando as faturas que comprovarão o pagamento do material removido, no valor total de 23 mil euros.
“Em suma, a empresa CRP, sem qualquer aviso prévio e de forma contrária à lei, limitou-se a invadir um local privado e a retirar, sem qualquer direito ou autorização para o efeito, os bens e equipamentos de recreio instalados na Escola do 1.º Ciclo e Jardim de Infância do Sarzedo pertencentes ao Município de Arganil”, frisa a autarquia.
Face à situação, o município sublinha que não vai pagar “novamente pelos referidos bens e equipamentos”, sendo que a reposição ficará “sob a alçada das autoridades competentes a quem, inclusive, a autarquia recorrerá para se ver integralmente ressarcida dos prejuízos”.
Contactado pela Lusa, o presidente da Câmara de Arganil, Luís Paulo Costa, referiu que o município teve conhecimento do email enviado pela empresa CRP a 02 de janeiro, tendo reencaminhado a mensagem para os agentes da GNR que estão a investigar o caso.
A autarquia também já enviou uma carta à empresa da Covilhã, onde refere que a argumentação para retirar os equipamentos “não tem nenhuma sustentação”.
Agora, a Câmara de Arganil vai abrir “um novo procedimento para o fornecimento dos equipamentos” e, assegura Luís Paulo Costa, não deixará, “do ponto de vista judicial, de levar este caso até às últimas consequências”, nomeadamente um pedido de indemnização pelo sucedido.
A agência Lusa tentou obter esclarecimentos junto da CRP e da CIP, sem sucesso até ao momento.
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