Desporto
Equipa da Efapel vai lutar pelo melhor resultado na Volta a Portugal
A nova Efapel não distingue a Volta a Portugal em bicicleta de qualquer outra corrida do calendário nacional, pelo que vai partir para uma 83.ª edição com um percurso “muito bem definido” para lutar pelo “melhor resultado possível”.
“[Vamos] lutar pelo melhor resultado possível. Não somos favoritos. Não somos a equipa que mais ganhou ao longo do ano, mas em todas as provas apresentámo-nos sempre motivados e com uma equipa onde a filosofia e a mentalidade são essas. Em todas as provas, o nosso objetivo quando arrancamos é lutar pelo melhor resultado possível e o melhor resultado é lutar pela vitória. É com essa expectativa que vamos para a Volta a Portugal”, declarou à Lusa José Azevedo.
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O diretor desportivo, que regressou esta época a Portugal após uma década na alta roda do ciclismo mundial, acentuou que, na sua forma de entender o ciclismo, “a época inicia-se no princípio do ano e vai até finais de setembro”.
“Daí que encaremos todas as provas com a mesma responsabilidade. Nesta equipa, não estamos o ano todo à espera da Volta. Tentamos trabalhar todos os meses, todas as semanas da mesma forma. Logicamente que há objetivos, cada corredor tem as suas programações. Logicamente que a Volta é a corrida mais importante, mais mediática do calendário português e temos consciência disso. […] Mas aqui nunca estivemos em modo de poupança à espera da Volta”, ressalvou.
Talvez por isso, José Azevedo garanta que falhar o pódio não será uma deceção, apesar das expectativas que recaem sobre uma equipa criada por um diretor que singrou no WorldTour, a primeira divisão do ciclismo mundial, e que ‘provocou’ uma inédita ‘dança de patrocinadores’ que ainda hoje provoca confusão nos adeptos mais desatentos – a Efapel patrocinava até ao final de 2021 a atual estrutura da Glassdrive-Q8-Anicolor.
“É lógico que o foco é lutar pela vitória. Mal seria se fossemos a pensar que o 10.º lugar é bom. Sei que tenho na minha equipa corredores com capacidade para disputar qualquer corrida em Portugal. Daí que esse é o nosso objetivo. Mas, se no final, imaginemos, que ficamos em quarto, logicamente que ficamos tristes, mas não vamos ficar desapontados. Desde que terminemos a Volta com o sentimento que demos o nosso máximo, não se pode pedir mais do que isso”, defendeu.
Nesta Efapel, não há chefe de fila, segundo o diretor desportivo, que ainda assim indica três ciclistas “com mais experiência” como candidatos a um bom resultado na geral.
“O Joaquim Silva é um ciclista que tem estado todo o ano na disputa das corridas. Ganha corridas, [é] de uma regularidade… talvez o mais regular em Portugal seja o Joaquim. E dá garantias, porque durante o ano todo está nos primeiros. O Tiago Antunes, um corredor que evoluiu ainda mais. Em Torres [no Troféu Joaquim Agostinho], estava na disputa, perdeu a corrida, mas fez pódio. O Henrique [Casimiro] é outro ciclista que tem estado regular e a um nível alto”, elencou.
Mas, segundo, Azevedo, os favoritos à amarela final na prova que arranca na quinta-feira, em Lisboa, e termina em 15 de agosto, em Gaia, são os homens da Glassdrive-Q8-Anicolor, com Frederico Figueiredo, o corredor que tem “visto mais forte na montanha”, como “candidato número um”.
O diretor desportivo da Efapel, que enquanto corredor nunca conseguiu subir ao pódio da Volta a Portugal, desvalorizou ainda a ausência da W52-FC Porto, notando que “a Volta vai-se fazer com as equipas que estão inscritas”.
“A W52-FC Porto logicamente que foi a equipa que ganhou as últimas edições, mas se alinhasse não estava garantida a vitória. Agora, parece que porque o FC Porto não corre é a possibilidade de os outros ganharem. Não concordo com isso. Analisando a época este ano, a W52-FC Porto correu e as outras equipas ganharam”, vincou.
Quinto classificado no Tour2004 e no Giro2001, Azevedo elogiou ainda o percurso da 83.ª edição da prova ‘rainha’ do calendário nacional, estimando que “existe um equilíbrio grande” e está “muito bem definido”.
“Tem duas etapas de montanha – as que têm final na Torre e da Senhora da Graça. Tem a etapa de Miranda do Corvo, que tem um final duro, mas não é uma etapa de montanha. E, depois, tem um prólogo e um contrarrelógio, que já tem uma extensão que permite marcar diferenças. Tem algumas etapas para o ‘sprint’ […]. Não estava a ter e afastava alguns corredores […]. Possivelmente até vamos ter três, quatro etapas ao ‘sprint’, e algumas para que chegue uma fuga”, anteviu, considerando que o traçado abre “perspetivas de que ciclistas com diferentes características possam lutar por vitórias de
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