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Entrega de Prémio Literário a Bruno Paixão encerra iniciativa “Ler em Viana”
Foi este sábado ao final da tarde que, no Centro Cultural de Viana do Castelo, teve lugar a cerimónia de entrega do Prémio Literário Luís Miguel Rocha ao escritor Bruno Paixão. Nascido em Coimbra, investigador e professor do ensino superior, doutorado em Ciências da Comunicação pela Universidade de Coimbra, Bruno Paixão venceu a edição de 2022 desta distinção literária. A escolha da obra vencedora foi escolhida por unanimidade dos três membros do júri, tendo todas as 72 obras a concurso sido enviadas sob pseudónimo.
De acordo com o poeta, dramaturgo e crítico literário Vergílio Alberto Vieira, “na qualidade de porta-voz do júri, não se me oferecem dúvidas de que este primeiro romance, de um escritor com consolidados recursos literários, excede expectativas no panorama das letras portuguesas deste início de século”. Vergílio Alberto Vieira caracterizou este livro como um “romance emergente”, justificando que “no mais autêntico sentido da palavra, esta obra abre em toda a linha um capítulo de excelência no quadro da literatura contemporânea, pelo poder de renovação instaurado ao nível dos códigos estéticos, linguísticos e ideológicos, historicamente tipificados em personagens de bem definido perfil novelesco, pela mestria herdada do realismo mágico latino-americano, pela perceção inteligentemente desenvolvida sempre que a temporalidade narrativa se tornou categorização de escrita”.
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Cláudia Gomes, diretora editorial da Porto Editora, responsável pela publicação de diversos autores nacionais e estrangeiros, como Isabel Allende, Valter Hugo Mãe, Rui Zink ou Germano Silva, integrou o júri deste concurso, intervindo na cerimónia para referir que “Bruno Paixão, escreveu um belíssimo romance – e acreditem que eu li muita coisa”. Por isso, assegurou a responsável editorial da Porto Editora, “gostei muitíssimo de ler e espero que toda a gente, daqui a pouco tempo, tenha a oportunidade de ler este livro. Tenho a certeza de que vão ficar perfeitamente rendidos à maravilhosa construção literária que o Bruno Paixão conseguiu fazer, e às personagens que criou”. Cláudia Gomes realçou que “estou muito feliz por poder publicar este livro na Porto Editora e tenho muito boas expectativas relativamente ao seu sucesso e acredito também que o Bruno vai ter muito sucesso na sua vida literária. Com este potencial, temos um grande escritor”.
O livro será publicado no primeiro semestre de 2023, com a chancela da Porto Editora. Durante a sua intervenção, Bruno Paixão disse que, como escritor, milito cívica e politicamente através da escrita”, apontando como razão de ter concorrido o facto de que “com uma prova cega, a crítica literária é mais genuína”.
A terminar, Bruno Paixão revelou que o montante do prémio será investido em filantropia, “porque o mundo reclama a nossa militância”, e ainda numa viagem para terminar um outro livro, em que se encontra a trabalhar.
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