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Enfermeira de Montemor-o-Velho com doença rara pede ajuda! “Não sei o que é um dia sem dor”

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 1 mês atrás em 07-11-2024

Imagem: DR

Esta é a história da enfermeira Carla Ferraz. Vive em Montemor-o-Velho, no distrito de Coimbra. Luta contra uma doença rara desde 2014. Após um linfoma, foi-lhe diagnosticada uma imunodeficiência primária, o que a deixa susceptível a muitas infeções, bem como alguns problemas oncológicos pouco comuns para a sua idade.

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“Com o linfoma (linfoma gástrico), tive que ser submetida a uma cirurgia na qual fiquei sem estômago, a partir daí tive várias infeções e bastante graves como pneumonias, abcessos abdominais e pulmonares… mas a pior de todas que me pôs em risco de vida foi uma endocardite (infeção no coração)”, escreve numa página onde pede ajuda para angariar fundos para o seu dia-a-dia e para tratamentos.

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“Esta infeção no coração deixou-me a um passo de uma cirurgia para limpar a válvula cardíaca onde ficou alojada a infeção, apenas não fui operada pois tinha uma pneumonia nos 2 pulmões (pneumonia bilateral) e poderia não sobreviver à cirurgia”, descreve.

Assim, para além de todas as infecções a que ficou vulnerável, passou a ter uma infecção, quase permanente no osso, que por norma é muito difícil de tratar.

Na tentativa de controlar a infeção, “já foi submetida a 17 cirurgias à anca/bacia/ coxa, com internamentos muito longos”. Houve alturas em que passou meio ano hospitalizada. Em 2020, ano de pandemia, esteve mais de 10 meses no hospital, praticamente sem visitas.

Já teve um tumor no timo (glândula entre o coração e pulmão) e que, segundo os médicos, poderia estar a piorar ainda mais a sua imunidade. O resultado foi mais uma cirurgia. “Tive de ser operada para a remoção do tumor. Entretanto surge uma infecção na articulação do joelho, que me levou novamente ao bloco operatório para limpar”, explica.

Cada vez que é operada, especialmente à perna, diz que fica mais dependente. Carla afirma que tem 84% de incapacidade, da qual 64% é incapacidade motora.

Por mais iniciativas que haja, a enfermeira refere que “está a tornar-se impossível conseguir obter o que necessita para poder ter uma vida mais autónoma, independente e digna”.

Infelizmente a doença que tem não tem cura e é uma doença extremamente instável e imprevisível.
Neste momento, precisa de “um carro adaptado, algumas obras em casa especialmente na casa de banho (que a permita tomar banho sozinha), e ultrapassar o problema de escadas que tem em casa”, indica.

“Não sei o que é viver um dia sem dor”, lamenta.

O dinheiro também ajuda, uma vez que é necessário “para terapias inovadoras, que a poderão ajudar a debelar as infeções mais agressivas, exames de diagnóstico que, devido à premência da situação, por vezes tem de os fazer no particular, recorrendo ao seguro de saúde”.

“Se poderia esperar pelo SNS? Lamentavelmente não! Se o tivesse feito hoje não estaria aqui para vos contar esta história”, afirma.

“Se pudesse escolher, não estaria a pedir ajuda. Preferia mil vezes ser a pessoa que ajuda e não a que precisa de ser ajudada”, afiança.

“Eu só queria uma vida normal”, diz.

Quem quiser ajudar fica aqui o IBAN: PT50019300001050275712253 de Carla, bem como o NIB: 019300001050275712253.

Também pode ajudar por MB WAY 912556218.

No dia 7 de novembro, pelas 12:03, Carla já tinha angariado 1805 euros – num total de 80 doações. A meta é de 50 mil.

A angariação foi criada a 21 de outubro.

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