A produção de energia renovável abasteceu 63% do consumo de energia elétrica em Portugal nos primeiros oito meses do ano, segundo dados hoje divulgados pela REN – Redes Energéticas Nacionais.
A hidroelétrica foi responsável por 28%, a eólica 25%, a biomassa 7% e a fotovoltaica 3,6%.
A produção não renovável abasteceu 30% do consumo, repartida por gás natural, com 28%, e carvão, com 2%, enquanto os restantes 7% corresponderam a energia importada, segundo dados da REN hoje divulgados.
Em agosto, o consumo de energia elétrica registou uma subida homóloga de 0,4%, ou 0,3%, “considerando a correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis”, refere.
No período de janeiro a agosto, o consumo cresceu, face ao mesmo período do ano anterior, 2,0%, ou 2,7%, também com correção de temperatura e dias úteis.
Relativamente a 2019, registou-se um recuo de 2%.
Ainda em agosto, “as condições para a produção eólica foram desfavoráveis, com o índice de produtibilidade respetivo a registar 0,83 (média histórica igual a 1), enquanto na produção hidráulica os valores não são significativos nesta altura do ano”, acrescenta.
A produção renovável abasteceu 42% do consumo, a não renovável abasteceu 32%, enquanto o saldo importador assegurou os restantes 26%.
No acumulado do ano, o índice de produtibilidade hidroelétrica situou-se em 1,14 (média histórica igual a 1) e o de produtibilidade eólica em 0,97 (média histórica igual a 1).
No mercado de gás natural, registou-se uma contração em agosto, face ao mês homólogo do ano anterior, de 21%, com quebras de 36% no mercado de produção de energia elétrica e de 7,6%, no segmento convencional, que abrange os restantes consumos.
A quebra no segmento convencional deveu-se a reduções em grandes clientes.
No período de janeiro a agosto, o consumo de gás natural, registou, face ao período homólogo do ano anterior, registou uma contração de 2,2%, com o crescimento de 5,8% no segmento convencional a ser insuficiente para compensar a queda de 16% no mercado elétrico.
Relativamente ao mesmo período de 2019, registou-se uma diminuição de 6%.