Coimbra

Empresários do distrito de Coimbra queixam-se de constrangimentos ao desenvolvimento local

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 11-10-2019

As associações empresariais de Penela, Miranda do Corvo, Lousã e Vila Nova de Poiares denunciaram hoje a existência de vários constrangimentos ao desenvolvimento local, entre eles a falta de pagamento de apoios aprovados e as acessibilidades.

Numa conferência de imprensa conjunta realizada em Vila Nova de Poiares, o presidente do Núcleo Empresarial de Penela, Alfredo Simões, denunciou que, naquele concelho, foram constituídas empresas ao abrigo do Sistema de Incentivo Empreendedorismo e Emprego (SI2E), que estão a passar dificuldades por falta de pagamento dos apoios.

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“Muitos jovens empreendedores criaram a primeira empresa, fizeram as candidaturas, que foram aprovadas, investiram e neste momento têm dívidas, porque fizeram os pedidos de pagamento em janeiro e não receberam nada e agora têm de estar a pedir às famílias e à banca”, frisou.

Para o dirigente do Núcleo Empresarial de Penela, esta situação “é muito perigosa”, porque incentivaram os jovens destes concelhos do interior “a ficarem por cá, a investir e criar empresas e, de repente, já têm 50 ou 100 mil euros de dívidas”.

As quatro associações empresariais (Penela, Miranda do Corvo, Lousã e Vila Nova de Poiares) representam 1.500 empresas, que empregam 7.500 pessoas e faturam 800 milhões de euros.

O presidente da Associação Empresarial Serra da Lousã (AESL), Carlos Alves, voltou a insistir na necessidade de o Governo repor os apoios às empresas que contrataram trabalhadores ao abrigo das medidas excecionais para a contratação nos 59 concelhos abrangidos pelos fogos de 2017.

“Em 2017, o Governo disse às empresas dos territórios afetados para contratem pessoas e aumentarem o número de postos de trabalho, que iam ter apoios durante três anos, até 2020. E, em junho deste ano, não sei porquê, o ministério emitiu uma portaria a dizer que estes apoios acabavam todos a 31 de julho de 2019”, criticou.

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“Isto é o quê? Alguma coisa se passa. Dão-nos um apoio de três anos à contratação e de repente acaba? Chega de brincar com as empresas e o interior, pois os jogos não acabam a meio”, questionou o dirigente empresarial.

Segundo Carlos Alves, os territórios afetados pelos incêndios de junho e outubro de 2017 abrangem 77 mil empresas.

A falta de acessibilidades à A13 e ao IP3, bem como os atrasos na adjudicação do projeto Metrobus, mereceram também críticas das quatro associações empresariais.

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