Coimbra

Emblemático presépio de Cabral Antunes “vai ficar como novo”

Notícias de Coimbra | 1 mês atrás em 22-10-2024

O presépio da autoria de José Maria Cabral Antunes, uma das obras mais emblemáticas que o escultor deixou à cidade, está a ser intervencionado e os trabalhos de conservação e de restauro estão a decorrer na Casa Municipal da Cultura, prevendo-se que terminem no final de novembro.

Com a passagem do tempo, a fragilidade do material e os sucessivos transportes a que foi sujeito, o presépio da autoria do escultor e medalhista José Maria Cabral Antunes foi se deteriorando, em particular na sua camada cromática, encontrando-se num estado de conservação deficiente. Nesse sentido, a CM de Coimbra decidiu abrir um concurso para o restauro e para a conservação desta obra, para que possa voltar a ser exposta, com dignidade.

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A história do presépio remonta a 1964, quando a CM de Coimbra abriu um concurso para a criação de um presépio de grandes dimensões para colocar em espaço exterior, de modo a promover a mensagem religiosa do nascimento de cristo e recordar à comunidade o verdadeiro significado do Natal. Em dezembro de 1965, o concurso foi aprovado por unanimidade e, em 15 de dezembro de 1966, o presépio de Cabral Antunes foi inaugurado, com apenas três figuras: a Virgem, São José e o Menino Jesus. Posteriormente, foram acrescentadas as figuras da vaca, do burro, dos três reis magos e dos dois pastores. 

Durante vários anos, esteve montado na Praça 8 de Maio, junto aos Paços do Concelho, mas devido a sucessivos atos de vandalismo deixou de poder estar exposto naquele local. De 2014 a 2017, esteve no interior do Edifício Chiado, passando, em 2018, a ser instalado no Mercado Municipal D. Pedro V.

José Maria Cabral Antunes (1916-1986) é um artista conimbricense, que produziu várias esculturas, baixos-relevos, frisos, medalhões e bustos, como os que podem, ainda, ser observados no Instituto Maternal Bissaya Barreto. Também a sua escultura de maior dimensão se cruza no quotidiano da cidade. São de sua autoria o monumento aos Heróis do Ultramar (Praça dos Heróis do Ultramar), ao Infante D. Henrique (Portugal dos Pequeninos) e a estátua do Papa João Paulo II (Arcos do Jardim).

Aos 50 anos, Cabral Antunes dedicou-se à arte da medalhística, deixando também aqui a sua marca, promovendo a renovação da linguagem artística, o que lhe conferiu o título de “Melhor Escultor Medalhístico Português”. Foi autor de cerca de mil medalhas, algumas repartidas em séries temáticas, evocando efemérides, figuras históricas e temas religiosos.

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