O reitor da Universidade de Coimbra, Amílcar Falcão, desafiou quinta-feira os estudantes e os jovens a nunca se calarem perante as injustiças.
Ao intervir na inauguração do mural comemorativo de 17 de Abril de 1969 – uma semana depois do inicialmente previsto -, o docente lembrou a luta protagonizada pelo presidente da Direção-geral da Associação Académica de Coimbra, Alberto Martins.
“A academia coimbrã lutou pelo direito à liberdade de expressão, à liberdade de pensamento e um conjunto de direitos que todos hoje nós damos como adquiridos”, afirmou.
PUBLICIDADE
Mas, 51 anos depois da Revolução dos Cravos, a luta pela democracia prossegue. Apesar de entender que não deve defender uma ideologia, Amílcar Falcão referiu que “todas as opções ideológicas devem estar presentes e todas as opções ideológicas devem ter liberdade de expressão e de pensamento”.
“No momento em que o Mundo passa por problemas muito sérios, não tenho absolutamente nenhuma dúvida que se deve manter a autonomia do pensamento e da liberdade de expressão. Elas não se compram, não têm valor, não estão à venda”, afirmou.
Veja o Direto NDC com a inauguração do mural
Já Carlos Magalhães, presidente da Direção-Geral da Associação Académica de Coimbra, considera que ainda é necessário “pedir a palavra”.
Um gesto diferente da altura, pois “estamos a pedir a palavra para continuar a reivindicar, para continuar a meter um país na vanguarda”.
No mural, e para além de imagens do dia 17 de Abril de 1969, estamos também alguns expositores com problemas que atingem o ensino superior público e que merecem ser recordados nestes momentos históricos.
Veja o Direto NDC com Carlos Magalhães
PUBLICIDADE