Coimbra
Defensores dos itinerários da Serra da Estrela exigem empenho político
O Movimento de Apoio à Construção dos Itinerários da Serra da Estrela (MAIS) anunciou hoje que enviou uma carta aberta a autarcas, deputados e responsáveis políticos da região a pedir empenho para a execução daquelas vias rodoviárias.
“Empenhem todas as vossas energias para que, de uma vez por todas, seja criado o entendimento necessário à defesa convicta e determinada do direito ao desenvolvimento do território da Beira Serra e Serra da Estrela, tendo presente a absoluta prioridade de execução dos IC [Itinerário Complementar] 6, 7 e 37, no quadro atual de definição dos investimentos a realizar no âmbito do quadro de apoio 2014-2020”, lê-se no documento a que hoje a agência Lusa teve acesso.
Para o MAIS, “não é admissível, por mais tempo, assistir ao esvaziamento e abandono de uma região que possui recursos territoriais importantes para o desenvolvimento do país, construída com esforço e abnegação dos seus cidadãos, assistir a uma omissão sistemática dos poderes públicos perante a urgência de criação de condições estruturais indispensáveis ao seu desenvolvimento e competitividade”.
O movimento enviou a carta aberta aos presidentes das Câmaras Municipais de Oliveira do Hospital, Seia, Gouveia, Nelas, Covilhã e Viseu, aos deputados dos círculos eleitorais de Coimbra, Guarda, Castelo Branco e Viseu e aos líderes partidários locais de Oliveira do Hospital, Seia, Gouveia, Nelas, Covilhã e Viseu.
Os responsáveis pelo movimento também informam que pediram uma audiência a todos os grupos parlamentares da Assembleia da República, “que deverá suceder dia 13 de março”.
A plataforma cívica lembra que tem apenas como missão “alertar e defender, única e exclusivamente, o desenvolvimento da região, atendendo à importância dos IC para esse processo”.
O MAIS assinala que nos últimos 28 anos, desde a integração de Portugal na então CEE, foram construídas várias obras mas, em termos de rede de acessibilidade dos territórios da estrada da Beira e ligações a Viseu e Covilhã foram apenas executados “30 quilómetros de IC6 que acabam num matagal”.
No estudo apresentado pelo Grupo de Trabalho das Infraestruturas Estratégicas de Valor Acrescentado, “mais uma vez, tendem a ser feitas as grandes apostas de investimento e desenvolvimento económico” maioritariamente “entre o Porto – Lisboa e Sines”, é também referido.
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