Coimbra
EFAPEL perde 15% da capacidade produtiva e não recorre ao ‘lay-off’
A capacidade produtiva da empresa de material elétrico EFAPEL, que labora no concelho da Lousã com mais de 370 trabalhadores, caiu 15% devido à covid-19, mas a administração excluiu hoje um eventual recurso ao ‘lay-off’.
“A EFAPEL não prevê recorrer ao regime do ‘lay-off’, optando por suportar as consequências de manter os colaboradores”, disse hoje uma fonte da empresa, numa resposta escrita a questões colocadas pela agência Lusa.
Nas últimas semanas, “na sequência do apoio aos filhos por encerramento das escolas e ainda do confinamento de alguns colaboradores de risco de infeção, a nossa capacidade produtiva caiu em 15%”, acrescentou.
“A procura nacional e internacional caiu sensivelmente. Porém, o mais importante consiste em não perder quota de mercado, de modo a reocuparmos o nosso natural espaço comercial”, afirmou a administração.
Instalada há 41 anos em Serpins, município da Lousã e distrito de Coimbra, a EFAPEL tem representações em Espanha e França e exporta produtos elétricos para mais de 50 países.
Em janeiro de 2019, a empresa foi visitada pelo primeiro-ministro, António Costa, que presidiu à inauguração de um novo edifício do complexo fabril, na sequência de um investimento superior a 8,6 milhões de euros, incluindo financiamento da União Europeia na ordem dos quatro milhões de euros.
Num comunicado em quatro línguas (Português, Espanhol, Inglês e Francês) sobre as restrições impostas pela pandemia da covid-19, divulgado na sua página da internet, a empresa fundada por Américo Duarte informa que as suas equipas administrativa, comercial e de serviço de apoio ao cliente “estão em teletrabalho e contactáveis pelos meios normais”.
“As nossa unidades produtivas estão a funcionar com rigorosas medidas de segurança e higiene, limitando a presença ao pessoal necessário para as atividades produtivas, controlo de qualidade, receção de materiais, gestão de armazém e expedição de encomendas”, esclarece ainda a EFAPEL.
Em Portugal, segundo o balanço do impacto da covid-19 feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 246 mortes, mais 37 do que na véspera (+17,7%), e 9.886 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 852 em relação a quinta-feira (+9,4%).
Dos infetados, 1.058 estão internados, 245 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 68 doentes que já recuperaram.
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