Governo

Eduardo Cabrita diz que acidente na A6 não deve ser usado para confrontação política

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 02-07-2021

O ministro da Administração Interna disse hoje que o assunto do acidente mortal que envolveu o carro em que seguia na A6 não deve ser usado para “confrontação política” e remeteu a saída do Governo para o primeiro-ministro.

“Acho que não deve ser matéria de um quadro de confrontação política”, disse Eduardo Cabrita aos jornalistas no final da cerimónia de aniversário da PSP.

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Questionado se tem condições para continuar no cargo, o ministro da Administração Interna afirmou que esse assunto é da “estrita responsabilidade” do primeiro-ministro.

“Essa é uma matéria da estrita responsabilidade do primeiro-ministro. Tenho quatro anos de exercício de funções que corresponderam aos melhores indicadores de segurança em Portugal”, observou Eduardo Cabrita que falou hoje pela primeira sobre o acidente, que ocorreu a 18 de junho na A6, na zona de Évora, envolvendo o carro em que seguia e que provocou a morte a um trabalhador que fazia a manutenção da via.

O ministro disse que falou hoje sobre o acidente porque “foi a primeira cerimónia de dimensão nacional” em que participou desde 18 de junho, justificando o silêncio porque foi o Ministério da Administração Interna “a dar a devida nota do infeliz acidente”, por ter sido aberto um inquérito pelo Ministério Público (MP), que está em segredo de justiça, e por ser uma matéria “objeto de averiguação” de apuramento das “circunstâncias e responsabilidade”.

O governante considerou que, no âmbito do apuramento dos factos, “não existe nenhum cidadão, nem nenhuma entidade, que esteja acima daquilo que é o quadro legal aplicável”, acrescentando que se trata de “uma circunstância terrível” e que não deseja a ninguém passar “por algo similar”.

“As minhas primeiras palavras são reafirmar o que logo na altura tomei a iniciativa de fazer. Manifestar as condolências relativamente ao trabalhador que foi mortalmente vítima deste acidente rodoviário e transmitir solidariedade, que aliás no próprio dia, por via telefónica, foi prestada pela minha chefe de gabinete à senhora Marta Azinhaga, sua mulher, e às suas filhas”, frisou.

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Eduardo Cabrita avançou que, no quadro das intervenções de poderes públicos e das funções próprias do Instituto de Segurança Social, foram dadas indicações para serem realizados os contactos que permitissem agilizar os mecanismos legais de apoio previstos para estas circunstâncias.

O ministro sublinhou que, no âmbito das responsabilidades, vão ser “tão celeremente quanto possível definidas as componentes indemnizatórias devidas” e recordou que “foi de imediato feita a devida e adequada participação dos factos”.

“Como sempre sucede em acidentes rodoviários, em que haja uma vítima mortal, foi aberto o devido inquérito pelo Ministério Público, através do MP de Évora, que certamente apurará todas as circunstâncias que envolveram este acidente”, disse, acrescentando que o MAI, as pessoas que estiveram no local e as forças de segurança estão a prestar “toda a colaboração necessária” para “o apuramento total” do que ocorreu.

Cabrita apelou ainda para que se confiasse “naqueles a quem cabe apurar os factos”.

O CDS-PP, PSD, PAN e Chega têm exigido esclarecimento ao ministro sobre o acidente em que esteve envolvido o carro em que seguia.

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