Coimbra
EDP investiu 42 milhões no parque eólico de Penacova
- O diferendo em torno da decisão do Governo de abandonar o projeto da barragem do Fridão será resolvido aplicando as “regras previstas”, disse hoje o presidente da EDP, António Mexia.
“Acho que as posições estão claras”, declarou António Mexia aos jornalistas em Penacova, distrito de Coimbra, durante uma visita a um parque eólico de 13 turbinas e uma potência de 46,8 MW, em exploração desde abril e o qual exigiu um investimento de 42 milhões de euros.
O presidente executivo da EDP afirmou que o diferendo com o Governo “será resolvido de acordo com as regras que estavam previstas”, indicando ainda que “as avaliações sobre a situação também já foram feitas”.
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Em causa está um valor de cerca de 218 milhões de euros, montante pago em janeiro de 2009 pela EDP ao Estado, como contrapartida financeira pela sua exploração por 75 anos, e que a elétrica considera que lhe tem de ser restituído.
Numa tenda montada pela EDP nas serras do concelho de Penacova, António Mexia apresentou o projeto da EDP para investir 3,5 milhões de euros numa central fotovoltaica flutuante na albufeira do Alqueva, no Alentejo, com 11 mil painéis e uma produção estimada de 6.000 MWh, replicando em escala industrial o projeto da barragem do Alto Rabagão, em Montalegre.
O ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes, que participou na sessão, na companhia do secretário de Estado da Energia, João Galamba, optou por não falar no local sobre a questão da barragem do Fridão, que estava prevista para o rio Tâmega.
Na quarta-feira, João Matos Fernandes contestou no parlamento os argumentos da EDP sobre este empreendimento hidroelétrico e manteve que o Governo não pretende restituir as contrapartidas pagas pelo grupo por esta concessão.
Na quarta-feira, na Assembleia da República, António Mexia vai ser ouvido sobre o mesmo assunto pela comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas, no âmbito de uma iniciativa proposta pelo PSD.
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