Coimbra
“É necessário maior investigação clínica”, defende Manuel Teixeira Veríssimo
O presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM), Manuel Teixeira Veríssimo, defendeu sexta-feira, 24 de janeiro, que é necessário “uma investigação clínica mais generalizada”.
Na sessão de abertura da cerimónia de entrega do Prémio de Investigação Clínica SRCOM, que se realizou na Sala Miguel Torga, o responsável reconheceu que é nessa área que há um défice de trabalhos nesta área.
“Os médicos têm que investigar mais na área clínica. Nós temos uma boa investigação de base em Portugal, acho que não nos podemos queixar, na área da saúde, na área médica, mas na área clínica nem por isso é assim tão boa”, afirmou.
O médico reconheceu que a investigação é importante para trazer conhecimento, sendo fundamentais para permitir um melhor tratamento dos doentes. Mas, para que tal aconteça, é necessário que a estrutura organizativa dos hospitais e dos centros de saúde criem condições para se fazer essa investigação clínica”.
Veja o Direto NDC com Manuel Teixeira Veríssimo
O presidente da SRCOM afirmou que não é possível continuar a fazer esse trabalho “para além das nossas horas de trabalho na enfermaria, na urgência”. “Tem que haver tempo protegido para a investigação”, frisou.
Para ajudar a inverter esta situação, foi criada o Prémio de Investigação Clínica SRCOM que tem como objetivo “estimular os mais jovens a motivarem-se para fazer investigação clínica, embora, como disse todos nós, em qualquer idade, devemos fazer investigação clínica”.
Na sessão, o coordenador do Gabinete de Investigação e Divulgação Científica da SRCOM, Miguel Castelo-Branco, mostrou-se surpreendido com a apresentação de 18 candidaturas.
“Vimos, não só trabalhos de grande qualidade, mas motivação e vontade de fazer investigação”, disse o docente da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra.
E frisou mesmo que aquilo que mais o recompensou enquanto proponente da iniciativa “foi ver um entusiasmo visível nas candidaturas, mas também perceber que há necessidade de financiamento para a investigação clínica”.
O presidente do Departamento de Ciências Médicas da Universidade da Beira Interior, Miguel Castelo-Branco de Sousa, reconheceu que foi “realmente uma surpresa muito agradável, por um lado a quantidade de candidatos que houve e, por outro lado, a elevada qualidade das candidaturas, que tornou o processo ao júri muito mais complicado”.
“Felizmente que foi complicado pela elevada qualidade dos trabalhos”, disse.
Related Images:
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE