Um idoso, de 80 anos, doente oncológico e diabético, passou a noite nas urgências do hospital de Viseu no “chão, ao frio, a tremer”. São as palavras de Sandra Figueiredo, filha do utente.
“Foi tratado como um mendigo”, acusa, fazendo referência de que a “urgência não estava um caos, estava vazia”.
O octogenário deu entrada no hospital pelas 3:00 encaminhado pelo INEM e foi-lhe atribuída a pulseira amarela.
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Eram cerca de 6:30, quando o homem telefona à família a pedir que o viessem buscar porque estava no chão. “Pediu uma maca e foi recusada porque não havia”, refere.
A filha afirma que a situação se deveu porque “os médicos estão a dormir. Se trabalham no privado durante o dia e vêm para o público à noite, eles têm que dormir”.
Entretanto conta uma outra situação que se passou com uma médica. “Peço o livro de reclamações, não me é dado, até que o meu irmão exige o livro se não chamava a polícia. O livro vem, estou a escrever a queixa, passa uma médica e pede algo ao enfermeiro que estava a tratar da reclamação e diz que ‘em primeiro lugar está o que eu estou a pedir depois as reclamações”, recorda.
“Eu revoltada respondi que esperava como esperou o meu pai no chão ao frio”, conta. “A anormal disse que não falava comigo e virou costas e não disse mais nada”, sublinha.
“Não sei o nome. Não estava identificada, devia ter entrado ao serviço ou acabado de acordar porque estava toda despenteada, tal como eu, que não dormi” devido à situação.
“Vamos apresentar queixa”, conclui ao Correio da Manhã.
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