Educação

Dona da Universidade Vasco da Gama com contas penhoradas

Notícias de Coimbra | 10 anos atrás em 02-08-2014

| INVESTIGAÇÃO NDC |

Notícias de Coimbra viu documentação  e comunicação  enviada por Luís Vilar que revelam que a “sua” Associação Cognitária S. Jorge de Milréu (ACJSM), entidade instituidora da Universidade Vasco da Gama, está impedida de movimentar as suas contas bancárias.

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Requerimento enviado para o tribunal de Coimbra por Luís Miguel Rodrigues, advogado da Associação Cognitária S.Jorge de Milréu, revela que a instituição está impedida de “proceder ao pagamento das suas obrigações salariais, fiscais, da segurança social, entre outras”.

Em o ofício remetido aos bancos Popular, Montepio e CGD, Luís Vilar, presidente da direcção da ACJSM, lamenta que não possa proceder à “reforma de letras, pagamento de vencimentos, pagamentos à Caixa Geral de Aposentações, pagamentos à Segurança Social e pagamentos legais de IRS”.

Na origem do processo que impede Luís Vilar de mexer no dinheiro da escola que dirige está António Calvete (do famoso grupo GPS), o sócio que controla a Mosteiro S. Jorge, Lda, empresa proprietária das instalações onde a  Escola Universitária Vasco da Gama (EUVG) operou até se ter mudado para o campus da ARCA, em Lordemão.

Na hora da despedida da Conraria, o inquilino “esqueceu-se” de pagar as rendas, o que levou a senhoria a intentar o processo de penhora de contas.

A  comunicação envida pelo mandatário pela ACJSM para o a 1ª secção da Vara Mista do Tribunal Judicial de Coimbra refere que a quantia exequenda já se encontra garantida, mas a sociedade Mosteiro não tem o mesmo entendimento, pois mandou penhorar outras contas bancárias da associação liderada por Luís Vilar, cabendo agora à justiça dar ou não provimento ao requerimento do devedor.

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Este não é o único assunto que separa Luís Vilar do seu camarada António Calvete. Recordamos que, como NDC avançou em primeira mão, a Polícia Judiciária fez buscas na residência de Luís Vilar para “identificar” património que alegadamente terá sido desviado do Mosteiro de S. Jorge para o campus da Escola Universitária das Artes de Coimbra, no âmbito da mudança de instalações da EUGV, ocorrência confirmada por Vilar.

É por esta e por outras que Luís Vilar, num estilo que vai sendo habitual desde que em dois processos distintos foi condenado a 3+4 anos de prisão (com pena suspensa), ameaça pedir a reversão do “bem Mosteiro de S. Jorge” ou uma Providência Cautelar sobre todos os bens da Mosteiro Lda e dos seus sócios”, onde encontramos, para além de Calvete, Victor Baptista e Noberto Canha, entre outros.

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