Coimbra
Dois ‘vices’ da Associação Académica de Coimbra disputam 2.ª volta das eleições
Dois vice-presidentes da Associação Académica de Coimbra vão disputar na segunda e na terça-feira a segunda volta das eleições para a direção-geral daquela estrutura, num ato marcado por suspeitas de irregularidades.
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Os vice-presidentes da atual direção da Associação Académica de Coimbra (AAC) Daniel Azenha (Lista C – Contigo, Somos Académica) e Mariana Rodrigues (Lista P – Preto no Branco) disputam a segunda volta das eleições para a direção-geral na última semana de aulas da Universidade de Coimbra, antes da pausa de Natal.
A lista C venceu a primeira volta com 49,98% dos votos, sendo que a lista P ficou em segundo com 45,86%. A lista M, liderada por Pedro Chaves, com 2,51%, e a lista A, presidida por Miguel Mestre, com 1,65%, não conseguiram sequer ter mais votos do que os brancos contabilizados (total de 337).
A segunda volta não vai contar com eleições para a assembleia magna, visto que, para esse órgão da AAC, a lista C, liderada por Daniel Azenha, conseguiu assegurar a maioria absoluta, com 51,61% dos votos.
De um universo de 19.395 eleitores, votaram 8.716 estudantes, tendo sido registada uma taxa de abstenção de 57,46%.
A primeira volta decorreu a 26 e 27 de novembro e foram necessárias quase duas semanas para se saber o seu resultado, depois de o processo ter sido suspenso por suspeita de irregularidades no ato eleitoral, face à inexistência da ata inicial que contabilizava o número de boletins de voto.
Após terem sido apresentadas suspeitas de irregularidades nas eleições para a direção da AAC, o Conselho Fiscal decretou a substituição do presidente da Comissão Eleitoral e ordenou uma contagem quantitativa dos votos para validar o ato eleitoral.
A contagem quantitativa acabou na madrugada do dia 07 e “todas as urnas cumpriam” com as regras definidas pelo Conselho Fiscal, que tinha estabelecido uma margem de erro inferior a 01% por urna e de 02% para a votação global em relação aos cadernos e atas eleitorais.
O processo originou ainda um recurso da Comissão Disciplinar da AAC, que entendia que as eleições, face à ausência da ata inicial, deveriam ser repetidas, sem possibilidade de contagem quantitativa.
Os dois estudantes candidatos na segunda volta defendem a necessidade de lutar pela contínua redução das propinas até esta ser eliminada, bem como a revisão do Regime Jurídico do Ensino Superior (RJIES) e um reforço da ação social direta e indireta.
Daniel Azenha propõe-se a desenhar “uma visão para o ensino superior para a próxima década”, considerando que o próximo ano, por decorrerem legislativas, “é um ano para se fazer pressão de gabinete”.
O estudante de mestrado em Geografia Humana pretende desenvolver uma política “mais abrangente”, abordando os problemas no pré-universitário e no pós-universitário.
Face às legislativas em 2019, Mariana Rodrigues considera que é preciso continuar a lutar pela diminuição da propina e “responsabilizar o ministério para se caminhar para a gratuitidade”, mas também entende que a AAC deve ter também uma preocupação com a política científica do Governo.
A estudante de Direito tem como propostas a criação de um gabinete jurídico para apoio ao alojamento estudantil, potenciar o legado dos Jogos Europeus Universitários e a aproximação, a nível da cultura, dos agentes da cidade.
Os dois candidatos mais votados disputam a segunda volta na segunda e na terça-feira, das 09:30 às 19:00, em 23 urnas nas diferentes faculdades da Universidade de Coimbra, e à noite, das 21:30 às 23:59, no edifício da associação.
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