Região

Dois investidores de Cantanhede perdem 290 mil euros em burla com bitcoins

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 1 ano atrás em 04-09-2023

Dois investidores de Cantanhede apostaram quase 290 mil euros no mercado de criptomoedas, tudo porque lhes foi “vendido” lucros rápidos. No entanto, acabaram burlados: um perdeu mais de 197 mil euros que tinha usado para adquirir bitcoins e o outro uma quantia superior a 87 mil em pouco mais de um mês.

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As burlas com criptomoedas mais do que duplicaram, tendo sido recebidas pelo Gabinete Cibercrime 94 denúncias, quando em 2021 tinham sido 38. Os lesados queixam-se de “terem perdido, em inúmeras plataformas, avultadas quantias”, escreve o Correio da Manhã.

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Segundo os dados da Procuradoria-Geral da República (PGR), no momento em que fizeram queixa, “a generalidade das plataformas já tinham deixado de estar online, não se conhecendo qualquer detalhe ou contacto que permitisse apurar o servidor da Internet” onde estavam alojadas. Os investidores de Cantanhede foram vítimas deste esquema.

“Em cinco meses, um deles perdeu mais de 197 mil euros que foi transferindo sob a falsa promessa de um retorno de 745 mil euros. Mas para o receber teria de pagar mais 3% de taxas. Mais tarde, foi informado que o dinheiro estava “congelado” e pediam novas transferências. À outra vítima também exigiam mais 32 mil euros para desbloquear os 87 mil que já tinha transferido. Os dois perderam o que investiram e apresentaram queixa na Polícia Judiciária do Centro”, conta o jornal.

Os dois casos de investidores que foram burlados na zona de Cantanhede já foram participados à Polícia Judiciária. Uma das vítimas era pressionada a pagar mais percentagens sob ameaça de o seu caso poder “ser considerado suspeito”.

As mensagens enviadas às vítimas acentuam o caráter legal dos montantes que vão pedindo. Argumentam que todo o dinheiro a receber “é inteiramente declarado pela autoridade europeia de segurança de mercados e pela autoridade de controlo financeiro”. Por isso, alegam, “que é paga em percentagens, para verificar inteiramente a origem dos fundos”, para não ter problemas com o banco e com o Estado.

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